Ramila Macedo
A Vigilância Sanitária Estadual interditou o aparelho de radioterapia do Hospital Regional de Araguaína na manhã desta quinta-feira, 13. O anúncio foi dado durante coletiva de imprensa no anexo da unidade. Segundo a diretora da Vigilância, Gracilene Aguiar, a decisão foi tomada após análise do processo de licenciamento e funcionamento, que constatou a falta de documentos do processo de importação que garante a segurança.
“O aparelho foi interditado por inconsistência do processo de importação. Falta o documento primordial, o Recondicionamento, feito pelo fabricante. Ele é colocado no aparelho, com a data indicando quando isso aconteceu”, explicou a diretora da Vigilância.
O equipamento em funcionamento no HRA foi importado dos Estados Unidos, e é operado pelo Instituto Oncológico LTDA, de Juiz de Fora-MG. Segundo Gracilene, o Recondicionamento é um documento importante que garante a segurança do aparelho. “[Sem o documento] não podemos afirmar se há ou não risco” disse.
Ainda de acordo com a diretora, a interdição é cautelar e pode ser suspensa a qualquer momento, desde que seja apresentada a documentação à Vigilância Estadual.
Segundo Aguiar, a Anvisa notificou o fabricante, a Siemens, para apresentar um histórico do aparelho e também requisitou uma avaliação técnica do equipamento. “Feito isso, o serviço poderá ser desinterditado”.
Com a interdição, o tratamento dos pacientes da radioterapia será mais uma vez suspenso. A reportagem solicitou da Sesau o número de pacientes prejudicados com a falta do serviço e o que será feito até que o equipamento volte a operar.
Resposta Sesau
Em nota, a Sesau informou que "a empresa responsável pelo serviço já foi notificada para apresentar a documentação. Tão logo isso ocorra e atenda aos critérios da Vigilância Sanitária Estadual e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o serviço pode ser retomado.
A Sesau reforça que a medida é preventiva e cautelar, visando a segurança ao tratamento dos pacientes e reitera que já estão sendo tomadas providências para que haja continuidade no tratamento dos pacientes".
Atualizada às 16h para inclusão da nota da Sesau