Ramila Macedo/Araguaína Notícias
A família da professora aposentada Noemia Pacheco de Sousa iniciou uma campanha de doação de sangue pelas redes sociais. Noemia foi diagnosticada com sarcoidose e está na UTI do Hospital Dom Orione em Araguaína.
Tipo sanguineo
Com o estágio avançado da doença, ela necessita de transfusão de sangue do tipo “O” (+), mas outros podem ser usados por questão de “fenotipagem”. A professora completa 61 anos nesta terça-feira (29) e precisa da solidariedade das pessoas.
Noemia foi professora de Educação Física no colégio Polivalente por muitos anos. Ao Araguaína Notícias, Carlos Zaratin, genro de Noemia, explicou sobre a necessidade de várias pessoas doarem sangue.
“Como a doença é auto-imune, qualquer elemento diferente do tipo dela a doença reage contra. Então pra ela sofrer menos reação possível, teria que ser um sangue que eles chamam de ‘fenotipado’, que é um sangue com as mesmas características físicas ou químicas dela. As vezes de 20 bolsas, uma ou duas é fenotipado para o tipo dela. Então acaba exigindo da gente conseguir mais doadores ainda”.
Ele explicou ainda que outro complicador são as plaquetasâ?? estruturas sanguíneas que evitam a hemorragia. As dela estão praticamente zeradas. Então além de transfusão da parte vermelha do sangue, ela precisa também de plaqueta. Segundo Zaratin, dependendo do estado dela, os médicos da UTI solicitam ao banco de sangue de uma a duas bolsas de sangue diariamente.
De acordo com o genro de Noemia, que também é médico, a sarcoidose, por ser uma doença auto-imune, o organismo reage contra suas próprias estruturas. “O sistema imunológico dela olha para as plaquetas, acha que é um corpo estranho e reage contra as plaquetas até destruí-las. Entra na medula e destrói as células da medula. Vai no fígado e destrói as células do fígado. É como se fosse uma reação inflamatória sem controle”.
Quadro de saúde
O quadro dela é gravíssimo, o remédio que Noemia está tomando tem ação antiflamatória, mas como efeito colateral baixa a imunidade dela. Ela acaba não tendo as células de defesa, células sanguíneas baixam e por isso precisa de constantes transfusões, até essa reação inflamatória parar.
Campanha para sensibilizar doadores
A família iniciou uma corrente pela vida e tem pedido que as pessoas mesmo de tipo sanguíneo diferente de Noemia que doem sangue. O tipo “O” positivo é doador universal, na falta do tipo A por exemplo, ele pode ser usado e ajudar outras pessoas. Segundo o genro, qualquer tipo é necessário por questão de fenotipagem.
“Peço as pessoas uma atitude de solidariedade. Que elas tenham uma intenção de ajudar o próximo. O movimento que elas fizerem em função da dona Noemia vai ajudar outras pessoas. Se a gente conseguir vários e vários doadores que suprem a necessidade dela, sabe-se lá quantas pessoas a gente vai estar ajudando” pediu Zaratin.
Resultado parcial da campanha
Com início da campanha, nesta segunda-feira (28) eles conseguiram 12 bolsas, mas como o caso dela requer muita atenção, mais doações serão necessárias até que dona Noemia se recupere. Quem puder ajudar, pode se dirigir ao Hemocentro de Araguaína em nome de Noemia Pacheco de Sousa.