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O homem suspeito de ser o autor do disparo que tirou a vida o agente de trânsito de Araguaína, Agenison Pereira Jorge, no último dia 27 de maio, se apresentou novamente na Central de Flagrantes da Polícia Civil por volta das 12 horas da noite desta quarta-feira (01/06). Ele já havia comparecido à delegacia no início da noite, acompanhado de dois advogados, mas saiu sem fazer a apresentação espontânea.
Dessa segunda vez, Ilário Reis Martins da Silva, de 48 anos, se apresentou à delegada que investiga o caso, Simone Aparecida de Melo, e, após prestar depoimento, foi surpreendido com um mandado de prisão temporária expedido pela Justiça. Sem o mandado, o suspeito permaneceria em liberdade por não estar em situação de flagrância. "Ele se apresentou, mas eu já tinha pedido a sua prisão. Ele nega o crime”, afirmou Simone.
Para a delegada, existem vários elementos que ligam o suspeito ao crime. “A gente ouviu testemunhas durante as investigações e a vítima não teve nenhum outro desentendimento que motivasse sua morte. As testemunhas falaram e, inclusive, ele [suspeito] falou no seu depoimento que quem manda no carro dele e na mulher dele, é ele. E lá num bar, depois dessa frase, ele disse: eu mato mesmo”, relatou.
Simone Melo contou ainda que, no dia do crime, o suspeito foi multado pelos agentes de trânsito, mas não aceitou a multa e tirou o carro à força do pátio da AMTT. Segundo os agentes, Ilário estava fazendo transporte clandestino de passageiros.
Já a família do suspeito afirma que ele é inocente e teria provas, inclusive testemunhal, de que, no momento do crime, Ilário estaria em um estabelecimento comercial. Diz ainda que ele possui uma deficiência na perna e não conseguiria correr, como fez o autor do disparo.
No entanto, conforme a delegada, "isso não é verdade", pois somente depois do crime é que ele se dirigiu a um bar. “Já ouvi as testemunhas. Não é no exato momento. É logo após”, afirmou. Simone disse ainda que o suspeito possui uma deficiência, mas anda normalmente.
A delegada acredita também na participação de outra pessoa no crime. “É possível que alguém tenha ajudado ele e estamos investigando”, afirmou.
O inquérito será concluído dentro do prazo legal de 30 dias.
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