"Sem avanços, sem proposta e nenhuma agenda do governo para receber os sindicatos", este foi o resumo feito pelo presidente do Sindicato dos Servidores Públicos no Estado do Tocantins (Sisepe­TO), Cleiton Pinheiro, sobre a reunião entre deputados estaduais e o Comitê Gestor do governo do Estado nessa terça-­feira (16). Os servidores estão em greve desde o último dia 9 e reivindicam o pagamento da data­base 2015 e 2016, e dos retroativos.

"Para os deputados, o Comitê Gestor sugeriu pagar a data­base de 2015 até o fim da gestão e a data­base de 2016 eles só teriam condições de falar algo sobre isso no ano que vem, em 2017. O pior é que nada disso eles apresentam oficialmente, só fica no boca a boca", afirmou Pinheiro.

De acordo com o sindicalista, ao completar nove dias de greve nesta quarta, os prejuízos começam a atingir a população nas áreas da Saúde, Educação, Administração e também nos setores financeiros.

"Nós já temos os números de que a receita já começou a cair. Ontem o secretário de Agricultura de Piraquê me ligou e estava desesperado porque vão perder um recurso de R$ 400 mil porque não tem um profissional do Ruraltins para assinar. Olha o tamanho do prejuízo, assim porque é um município pequeno. O governo não está levando a sério a gravidade da greve", complementou.

Desde o último dia 10 os representantes sindicalistas estão reunindo com deputados estaduais em busca de apoio. "Vamos continuar com a concentração na Assembleia, para reforçar o pedido que os deputados nos ajudem. Que usem o poder que eles tem para segurar as pautas do Governo do Estado enquanto não houver negociação com os sindicatos. Estamos falando da população inteira que está sendo afetada", acrescentou.