A crise da saúde no Tocantins se agrava a cada dia mais. Os problemas nos hospitais vão desde fila para consultas, lista de espera para cirurgias até falta de medicamentos.  Por último, faltou alimentação para funcionários e pacientes.

Araguaína, segunda maior cidade do Estado, também sofre os efeitos da crise na saúde.  Segundo apurado pelo AN, a alimentação no Hospital Regional de Araguaína foi mantida ontem (24) por uma vaquinha de empresários. Sensibilizados com a fome dos pacientes, donos de supermercados em Araguaína doaram produtos alimentícios.

Entretanto, mesmo com vaquinha dos empresários, o AN apurou que o HRA precisou fazer racionamento de comida.  Ontem à noite, segundo fontes, foi servido apenas lanche aos pacientes. Já o jantar, segundo apurado, não foi servido a todos.

O próprio Governo do Estado admite em nota que "está contando com a doação de alimentos de voluntários, como empresas e particulares" para manter a alimentação nos hospitais.  E justifica  que "está empreendendo todos esforços" para resolver o problema e que o  "cardápio está sendo acompanhado por nutricionistas."

Resposta do Governo

Em nota ao AN, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) disse que o Estado tentou fazer um pagamento de R$ 2 milhões à empresa Litucera ?responsável pela alimentação nos hospitais ?nesta terça-feira, 23. Entretanto, a empresa se recusou a receber e retomar o serviço por discordar do valor.

"O Governo do Estado não reconhece o montante total da dívida [R$ 75 milhões] alegada pela empresa, grande parte referente a supostos serviços realizados no fim da gestão passada." Ressalta a nota.

A Sesau informou ainda que "está dando prosseguimento ao processo licitatório para a contratação de novas empresas para prestação desse tipo de serviço nas unidades hospitalares do Estado."

Devido à falta de alimentação, a Justiça determinou nesta quinta-feira (25) o bloqueio de R$ 1 milhão nas contas do Estado e da Litucera para manter a alimentação do HRA.  Já a Sesau disse que não foi notificada sobre essa decisão.