A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (31) a operação Poraquê no município de Piraquê, norte do Tocantins. Segundo a PF, o objetivo é investigar a utilização de empresas de fachada para desviar recursos públicos. O esquema desviou cerca de R$ 3 milhões entre 2012 e 2015.

Oito mandados de condução coercitiva e busca e apreensão estão sendo cumpridos em Araguaína e Piraquê. Cerca de 20 policiais participam da operação. Ainda conforme a Polícia Federal, as investigações começaram neste ano.

A polícia verificou a existência de um esquema criminoso que desviava recursos públicos, inclusive federais, através de uma empresa de fachada do cunhado do ex-secretário de Controle Interno. O esquema também contou com a participação do ex-prefeito João Batista Nepomuceno Sobrinho e de um ex-secretário de Finanças, conforme a PF

Esquema

A investigação da PF verificou que a empresa era contratada mediante fraude em licitação pela Prefeitura de Piraquê para a realização de diversas obras. Os serviços eram executados pelos próprios servidores do município e o dinheiro desviado.

Ainda conforme a polícia, o esquema começou em 2012, quando a empresa fantasma foi criada, até o final de 2015, quando Sobrinho foi cassado pela Justiça Federal. O gestor perdeu o mandato por cometer atos de improbidade administrativa após desvios de recursos da merenda escolar entre 2000 e 2004.

Resposta

João Goiano é investigado também por desvio de merenda escolar no valor de R$ 3 milhões em 2000. O ex-prefeito foi à delegacia e negou as acusações. "Quando a gente está na prefeitura tem determinadas coisas que você tem que fazer com urgência, mas isto não existe, não tem fundamento".

O filho do ex-prefeito de Piraquê, José Batista Nepomuceno Neto que era secretário de finanças na época. "Está no período eleitoral e querem denegrir a imagem da gente, mas faz parte do jogo. Isso a gente vai passar por cima porque não devemos nada".