O araguainense João de Sousa Lima, chicoteado na Cavalgada de de 2013,  entrou na Justiça e pediu indenização por danos morais no valor de R$ 1,6 milhão. O processo foi movido há três anos e no último dia 15 o responsável pela comitiva envolvida na confusão, Olyntho Neto, foi intimado.

A informação da intimação do candidato a prefeito de Araguaína, Olyntho Neto (PSDB), veio a público nesta segunda-feira, 19. Ela foi divulgada pela Coligação Araguaína Sem Parar, do candidato Ronaldo Dimas.

No processo consta também o Sindicato Rural de Araguaína (SRA), o irmão de Olyntho, Rodolfo Olyntho e  estudante Bruno Gonçalves  Montes.  A agressão ocorreu em 02 de junho de 2013, durante a 25ª Cavalgada de Araguaína.  Na época, após desentendimento, integrantes da comitiva "Arreio de Ouro? agrediram João, na Av. Conego João Lima, centro da cidade.

O advogado de defesa, Flávio Sousa de Araújo, argumenta na ação que João foi vítima de um ato de "selvageria arcaica e de extrema humilhação".  "Recebeu chibatadas com chicotes de usar em cavalo!!! Além de socos e pontapés. (...)   A honra de uma pessoa foi jogada no lixo. Foi tratado como um animal escurraçado, humilhado, açoitado na presença do filho e de toda população de Araguaína."  Ele compara a cena as do tempo da escravidão.

Por estes motivos, a defesa de João de Sousa Lima pede indenização por danos morais e materiais no valor R$ 1.695.247,07.

Consta no processo que a comitiva Arreio de Ouro estava desfilando e havia motoqueiros logo atrás dos últimos cavaleiros. E isso teria sido o início da confusão. Toda a ação foi filmada e o vídeo amplamente divulgado na internet e TV.

Outro lado

Em nota, a assessoria negou que o nome do candidato  consta na ação de pedido de indenização. "Olyntho Neto não foi citado, intimado ou recebeu qualquer notificação sobre o processo mencionado.  A assessoria jurídica do candidato Olyntho esclarece que o nome dele não consta na ação como intimado. Portanto não há notificação para que apresente defesa."

A reportagem não conseguiu contato com Bruno Gonçalves e  Rodolfo Olyntho. Já o Sindicato Rural de Araguaína (SRA) foi procurado também, mas não se  manifestou sobre a ação.

Vídeo divulgado na época