Seguindo a rodada de entrevistas do Araguaína Notícias com os candidatos a prefeito de Araguaína, terceira entrevista é com o candidato Mayst Maia, representante do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL). As publicações seguem o critério de ordem alfabética.

Ele defendeu uma gestão direcionada para o lado social, em que a população seja a protagonista das decisões através de "Conselhos Municipais" , em que até secretários sejam eleitos democraticamente.  Criticou as terceirizações da saúde e afirma que para fortalecer o nome "Poder público",  a própria gestão é quem deve gerir a saúde.

Confira!

1.AN - Quem é Mayst Maia? Por que o senhor resolveu se candidatar a prefeito de Araguaína? Mayst ?Eu sou um araguainense apaixonado por essa cidade. Eu vejo que não somente eu, mas como outras pessoas que resolveram morar nessa cidade, tem um compromisso social, cultural, político e econômico com essa cidade. E é nesse momento que a gente vendo os desastres que ocorreram nas últimas gestões da nossa cidade, a oportunidade de outras pessoas participarem desse processo de se construir uma cidade mais justa, democrática e que garanta assim uma alegria. Uma cidade que as pessoas sejam respeitadas em todos os aspectos. E aí esse é o nosso principal objetivo, é cuidar de Araguaína como ela precisa. Cuidar de Araguaína como ela necessita, junto com a população de Araguaína de forma democrática, participativa, e cidadã. 2. AN ?  O que o senhor considera como principal prioridade no seu plano de governo?

Mayst ?A principal prioridade do nosso plano de governo está ligada à participação popular no nosso mandato. No mandato do PSOL a população vai ser protagonista de todas as decisões, porque iremos implementar os conselhos populares, na qual o cidadão vai ser ouvido e a sua voz vai se transformar em projetos que vai depois sanar as problemáticas de cada bairro. Então o orçamento, vai ser uma parte que a gente vai se discutir a partir dos Conselhos Populares. Vamos fortalecer também os conselhos municipais para que eles tenham mais força para fiscalizar, ou seja, o poder social, do controle social da nossa gestão, porque vai ser uma gestão transparente. Também temos uma possibilidade de nessa participação, na busca pela transparência de criarmos o Núcleo da Transparência, que vai ser um instrumento público na qual a população vai ter a oportunidade de buscar todas informações relacionada aos gastos públicos, sobre licitação, e etc, etc...

3. AN ? No que se refere à saúde, o senhor defende combater as diversas formas de privatização e assumir uma "gestão plena". Gostaria que o senhor comentasse sobre isso.

Mayst ? Nós temos observado que terceirização do serviço público tem criado um mecanismo assim bastante desrespeitoso com a população. A gente observa que a Pro Saúde, a Litucera, no nosso estado tem criado um mecanismo na qual as pessoas tem se desrespeitado e, essas empresas que assume o papel da gestão pública estão lucrando para fazer isso, então pra nós isso não é interessante. Se elas estão lucrando, então esse dinheiro que elas estão levando, o dinheiro público, vai sobrar pra investir mais em políticas públicas. Portanto nós vamos ser de forma radical, ou seja à terceirização, e pra fortalecer até o nome "Poder público" tem que ser público. Então a ideia do PSOL e do PCB da Coligação O povo tem vez e voz, é garantir uma saúde pública de forma que seja administrada por profissionais de carreira, que a gente valorize esses profissionais, que a gente qualifique esses profissionais pra eles atender a população de forma mais humanizada. Criar uma gestão que possa ser bastante eficiente no gasto público, pra acabar com o desperdício e também o combate à corrupção que é muito grande. A gente observa que falta aumento das verbas para investimento na saúde e que também falta uma gestão mais comprometida com a transparência que combata a corrupção, porque não adianta ter dinheiro e esse dinheiro ser canalizado para a corrupção. Então um dos nossos pretextos principal é ter transparência, combater a corrupção e fazer com que o dinheiro público da saúde entre diretamente, ou seja, que garanta um serviço público de qualidade.

4. AN -O que o senhor pretende fazer para melhorar a segurança na cidade?

Mayst ? Segurança pública é um objeto bastante amplo de debate. Primeiro momento nós já fizemos estudos sobre a criação da possível Secretaria da Segurança Pública, só que Araguaína, ela não vai suportar mais esse inchaço da máquina pública. Mas podemos criar uma coordenação... isso vai ser debatido com a população sobre segurança pública e dentro dessa coordenação, em primeiro momento, diagnosticarmos as principais consequências que tá gerando essa violência, essa insegurança no nosso município. A partir daí nós temos também proposto a criação da Guarda Civil Metropolitana Humanizaria, que seja uma guarda que faça um serviço de forma comunitária junto da população e que façam especialmente a prevenção.  Andando pelas ruas de Araguaína, pelos bairros ? especialmente os periféricos? a nossa população está abandonada, especialmente as crianças e os jovens. Não tem políticas públicas. A gente descobrindo que, através de um diagnóstico com parceria com as universidades, temos aí a UFT, temos também as universidades...as faculdades particular, o ITPAC, a Faculdade Católica, entre outras universidades. Vamos fazer parcerias pra gente estudar, pra gente conhecer de forma bem profunda e depois aplicar nesse receituário o remédio correto para sanar a problemática da insegurança pública da cidade de Araguaína. Acreditamos que a falta de política pública é um dos fenômenos que geram uma insegurança de nossos jovens sejam coptados pelo narcotráfico, sejam coptados para criminalidade Mas isso a gente vai estudar, a gente vai conhecer, a gente vai incrementar políticas públicas sociais na área da cultura, do esporte, do lazer que isso vai garantir sim um conforto, um atrativo para a juventude, e que nossa juventude ocupe o banco das escolas, que não ocupe o banco dos réus.

5. AN - No seu plano de governo, o senhor defende a construção de um "protagonismo popular", de que forma pretende implementar essa ação?

Mayst ? O protagonismo popular ele vem desse debate, de discutir o orçamento participativo, que vai ser um orçamento no qual a gente vai pegar e direcionar para a população discutir e decidir de que forma que vai se gastar o dinheiro público através dos Conselhos Populares, na qual são conselhos que vão ter uma aproximação direta com o poder público. Nós iremos fazer audiência pública nos bairros e todo  mês os secretários junto com o prefeito vão se reunir com a comunidade e discutir as problemáticas da sociedade. Porque a gente não acha justo que uma cidade com mais de 170 mil habitantes, apenas o poder executivo e os trabalhadores do município decidirem o que vai influenciar esse quantitativo da população. Então, no nosso governo, vai se auto-governar. Quem vai decidir é a população através da assembleia popular e isso vai ser uma coisa que vai impactar a política do Tocantins.

6. AN - Em seu plano de governo, o senhor defende uma administração democrática. De que forma pretende implementar uma efetiva participação popular, na escolha por exemplo de secretários?

Mayst - Nossa administração será alavancada com a participação popular. Dentro desse conceito relacionado a questão da eleição de secretários, nós iremos junto com a comissão técnica da prefeitura, e os conselhos municipais e os conselhos populares, criar os critérios para que seja depois incrementado para sociedade e buscar a eleição desses secretários. Mas no primeiro momento eleger um secretário interino com trabalhadores do próprio município de carreira. Posteriormente criar os critérios para eleição dos secretários municipais, que vai ser dentro da capacidade e eficiência de gestão.

7. AN ? Em seu plano de governo, o senhor defende Gestão Democrática do Sistema Municipal de Educação. Como essa medida pode influenciar na melhoria da qualidade de ensino?

Mayst - Primeiro, a população em geral e os profissionais da educação eles têm que ter o direito de participar da gestão.  E a gente vai incrementar como carro chefe na educação, a eleição para diretor de escola. A partir da democratização e da gestão participativa nas escolas, isso vai dar uma oxigenação na escola e fortalecer a gestão pública. A partir daí, vamos ter um contato direto com os trabalhadores, para prevenir a pauta desses trabalhadores, porque a gente tem que garantir a data-base paga sem ser parcelada, temos que melhorar os planos de cargos e salários. E isso nós vamos fazer com que tenha um dialogo direto com o conselho de educação. Nós iremos fazer um diagnóstico das escolas das pendencias.  iremos incrementar a compra direta de produtos orgânicos, da agricultura familiar para melhorar alimentação. E iremos garantir todo o suporte para formação continuada e garantir uma educação que todos possam participar.

Considerações

Mayst ? Agradeço a oportunidade de estar aqui nesse veículo. Em nossa gestão nós iremos também fortalecer os conselhos e incrementar os consórcios intermunicipais, especialmente na área da saúde. Inclusive temos a plataforma de implementar o consórcio de saúde, no qual iremos construir um Hospital Regional Municipal, e iremos garantir especialidades para todas as áreas dcom apoio dos municípios que utiliza.. e fortalecer a saúde da família que é a prevenção. Fortalecer também a economia solidária, fazer parcerias com as universidades e juntos buscarmos solucionar os problemas sociais, econômico e político. É importante para a população eleger pelo menos um de nossos vereadores para dar uma nova roupagem para Câmara Municipal. A senha do Wi-Fi no dia 2 de outubro é 50, professor Mayst.