Após quatros meses, a Comissão Especial de Investigação (CEI) da Câmara Municipal que apura a venda ilegal de unidades do Minha Casa Minha em de Araguaína concluiu os trabalhos.  O relatório foi protocolado na Casa de Leis no início da semana passada, mas o conteúdo ainda não foi divulgado.

Desde o início da semana passada o AN busca ter acesso às informações contidas no documento, mas sem sucesso. A reportagem já tentou entrevistar integrantes da comissão, mas os pedidos de entrevistas ainda não foram atendidos.

AN apurou que a Câmara entregará cópias do relatório aos vereadores e também o conteúdo será disponibilizado à imprensa, em breve. Entretanto, nos bastidores, o temor é da conclusão do relatório ser usado para fins eleitoreiros. A demora para divulgar o conteúdo dá margem às especulações.

Nesta segunda-feira, 26, a Assessoria da Câmara de Araguaína informou que "o relatório será lido em Plenário na primeira sessão do mês de outubro".  E que nesta data será entregue cópias do documento à imprensa.? Isto é, o conteúdo será divulgado somente após a eleição do próximo dia 2. Posteriormente o relatório será encaminhado ao Ministério Público Federal.

Integrantes da CEI

A Comissão é presidida pelo vereador Soldado Alcivan (PP); relatora Rejane do Socorro (PSD) e o terceiro integrante é o vereador Neto Pajeú (PDT). A comissão foi nomeada em maio com o objetivo de investigar o esquema ilegal de vendas de casas populares em Araguaína.  O prazo dado para concluir as investigações era de 90 dias, mas foi estendido e levou mais de quatro meses.

Entenda

De acordo com a delatora Silvania Bessa, ex-servidora da Habitação, foram vendidas 36 casas pelo valor de R$ 5 mil cada e o esquema era operado por quatro servidores da Secretaria de Habitação.

Silvania prestou depoimento a Polícia Federal em 19 de abril. Ela resolveu abrir o jogo após o esquema ser descoberto e receber pressão dos compradores das casas.  O Ministério Público Federal também investiga o caso.