José Roberto da Solidade Batista, de 39 anos, fugiu pelo portão principal do Presídio Barra da Grota em Araguaína (TO), por volta do meio dia desta quinta-feira (24/11).

De acordo com informações, José estava preso no Barra da Grota por vários crimes, entre eles homicídios e tráfico de drogas. Recentemente, ele foi condenado a 20 anos de prisão por estupro cometido no Estado do Maranhão e aguardava a transferência.

Além disso, ele havia sido foi preso pela PM em maio de 2013, sob a suspeita de ter participado do sequestro do gerente do banco HSBC em Araguaína.  Investigação da Polícia Civil também aponta participação dele na ação criminosa.

Ainda conforme informações, o preso trabalhava na parte interna da unidade prisional e, na manhã desta quinta, ele teria se misturado com outros presos que trabalham na área externa.

Depois de se misturar, ele teria se dirigido até o portão principal e afirmado que tinha autorização para tirar palhas fora do presídio. O portão foi aberto e ele aproveitou para fugir. Os detentos usam as palhas para cobrir as hortas que são cultivadas na unidade.

Ainda segundo informações, os presos que trabalham na área externa do presídio e, às vezes, saem da unidade, não têm nenhum tipo de monitoramento ou acompanhamento. Isso seria um problema antigo.

Nota da Secretaria 

Por meio de nota, a Superintendência do Sistema Penitenciário e Prisional confirmou a fuga de José Roberto da unidade penal em Araguaína. Conforme a nota, o reeducando tinha a autorização para trabalhar na área externa da unidade e por volta das 12 horas evadiu do local. A superintendência afirmou que o diretor da unidade, policiais civis e militares estão em diligência para recaptura do reeducando.

Troca de diretor

No dia 10 de outubro de 2016, o então diretor do presídio, Jean Carlos Ferreira, foi exonerado sem motivo aparente. No lugar dele assumiu o servidor Marino Sinhá, que respondia pela Casa de Prisão Provisória de Palmas (CPPP).

Na época, Jean comentou sobre sua demissão. "Eu não tenho certeza, mas creio que foram interesses escusos, por eu não me curvar diante das irregularidades e fazer a coisa certa. Sempre que aparecia qualquer irregularidade eu oficiava as autoridades competentes. Talvez eu não tenha agradado muito por ter sido sincero e feito a coisa correta. Por ter administrado com transparência, como deve ser a coisa pública", disse.