Foi publicada no Diário Oficial do Município (DOM) da última quinta-feira, 24, nº 1207, a Lei Municipal nº 3035, que concede à Associação de Tratamento e Reinserção Social de Araguaína ? Comunidade Terapêutica Vida Nova o título de utilidade pública. A partir da concessão do título, a associação poderá receber recursos públicos e manter o trabalho em Araguaína. A Lei é de autoria do Executivo.

O prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas, explicou que o Município tem acompanhado de perto o trabalho desenvolvido pela comunidade e visto os resultados nesses três anos de criação da entidade. "São atitudes e ações como essas que geram resultados positivos e que contribuem para o resgate destas pessoas. Poucos se dedicam a uma missão tão difícil. O dependente recuperado traz a alegria de viver de volta a sua família", destacou Dimas.

O presidente da Comunidade Terapêutica Vida Nova, Wagner Enoque de Souza, destacou a importância do recebimento deste título para a entidade. "Vamos poder investir mais tanto na estrutura física como na parte de tratamento para as pessoas que estão em recuperação", declarou.

Para receber o título de utilidade pública, a comunidade tinha que passar por três requisitos: ter três anos de existência, apresentar resultados e ter transparência nas suas ações. "Realizamos as nossas atividades com transparência, seriedade, dedicação e muito amor por essas pessoas que precisam da nossa ajuda. Então os resultados aparecem. Hoje já recuperamos 59 pessoas e estão em tratamento 20; o nosso objetivo é ampliar esse atendimento", destacou Enoque.

Concessão do título

A concessão do título de Utilidade Pública a entidades, fundações ou associações civis significa o reconhecimento do poder público de que as instituições, em consonância com o seu objetivo social, são sem fins lucrativos e prestadoras de serviços à coletividade. Com este documento, as organizações também podem inscrever-se em editais e estarão aptas a obter recursos públicos.

Comunidade e tratamento

A comunidade funciona desde 2014 no antigo viveiro municipal, próximo ao Parque das Águas. Além da parceria com a Prefeitura de Araguaína, igrejas e contribuição das famílias também ajudam na manutenção da comunidade.

A internação é voluntária e o tratamento dura um período de nove meses. A recuperação é feita através da mescla de atividades laborais aos exercícios espirituais.

Novo centro

Percebendo a necessidade de se ampliar ainda mais a recuperação de dependentes químicos, a Prefeitura está finalizando o primeiro Centro de Acolhimento Municipal para Tratamento de Dependentes Químicos de Araguaína. O centro terá a capacidade de atender 32 internos, homens e mulheres, na faixa etária de 18 a 60 anos.

A estrutura terá um dormitório masculino com capacidade para 24 internos e um feminino para oito internas, além de refeitório, quiosques, salas de convivências, recepção e salas médicas. O projeto é da Prefeitura e o valor do investimento é de R$ 1.229.572,27, oriundos de emenda parlamentar da senadora Kátia Abreu.