Deficientes físicos, visuais e comunidade em geral participaram da 4ª edição da Caminhada das Pessoas com Deficiência, ocorrida na manhã desta sexta-feira, 2 em Araguaína. A mobilização teve objetivo de conscientizar a sociedade sobre acessibilidade e o respeito para com as diferenças.

A concentração ocorreu na Praça do Galo, com saída à 8h00, percorrendo o centro comercial da cidade até a Praça das Nações. No trajeto, algumas pessoas usaram o microfone para relatar as dificuldades do dia a dia com a falta de acessibilidade na cidade e cobrar por melhorias.

Logo no início, o presidente em exercício da Associação das Pessoas com Deficiência de Araguaína (ADA), Fábio Silva, explicou o objetivo da caminhada. ?Sensibilizar a população [e] nossos governantes para que tenha acessibilidade em Araguaína. Acessibilidade não é um privilégio, é um direito.

Fábio criticou, indiretamente, o poder público pelo descaso. Lembrou que as calçadas não são padronizadas, falta piso tátil e não há botoeiras sonoras nos semáforos. Ao se dirigir a comerciantes, ressaltou sobre a necessidade de construir acessos às empresas, caixas e banheiros adaptados para cadeirantes. Além de sinalização em braile nas lojas.

O advogado da ADA, deficiente visual Marques Elexes, ao fazer uso da palavra ressaltou. ?Acessibilidade é uma questão de cidadania. Não é privilégio, é um direito de todas as pessoas com deficiência de poder ir e vir, garantidos pela nossa Constituição. (...) Nós, pessoas com deficiência e simpatizantes da causa, queremos apenas cidadania, pontuou.

Ao chegar em frente a agência do Banco do Brasil na Cônego, os participantes pararam para assistir a apresentação de dança de um cadeirante. Durante o trajeto, alguns voluntários colocaram vendas nos olhos para andar de bengala. Após a experiência, a mobilização seguiu para a Praça das Nações.

Lá, autoridades, deficientes e representantes de entidades fizeram uso da palavra reforçando a importância da acessibilidade e do respeito às diferenças. Na oportunidade Wilson Dias de Sousa, primeiro deficiente visual a se formar na UFT, afirmou ter dificuldades para andar pelas ruas de Araguaína e cobrou das pessoas que evitem obstruir as calçadas com materiais de construção ou com escavações.

Por fim, houve a execução do Hino Nacional seguida de uma apresentação com pessoas deficientes. Nos agradecimentos finais, Fábio afirmou. "Estou com a sensação do dever cumprido. Muito obrigado a todos e até a próxima caminhada."

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http://araguainanoticias.com.br/noticia/17617/associacao-das-pessoas-com-deficiencia-organiza-caminhada-para-cobrar-acessibilidade-em-araguaina/