Quando esteve em SP ainda no mês maio de 2016, Ricardo descobriu que tratamento feito do Tocantins era errado.

O editor de imagens da TV Record-Araguaína, Ricardo de Oliveria Rosa (40 anos), batalha diuturnamente para vencer o câncer.  Além da doença, ele convive com sequelas deixadas por erro no tratamento e a longa espera por providências do Estado.

Ricardo vivia sua rotina normal até o ano de 2013, quando foi diagnosticado com um tipo de câncer raro e agressivo. Em decorrência da doença, está sem exercer a função de editor há um ano e corre contra o tempo  para salvar a vida. Ele já passou por tratamento em Palmas (TO), Goiânia (GO) e Barretos (SP), mas atualmente está internado no Hospital Regional de Araguaína (HRA).

Ainda no mês maio de 2016, quando estava em SP, Ricardo descobriu que tratamento feito do Tocantins era errado. "Aqui eu estava fazendo quimioterapia normal e o que o preciso chama-se imunoterapia. Ele é um tratamento [feito] através de medicamento importado dos EUA," relatou em entrevista ao AN.

Ao longo de três anos, Ricardo passou por cinco cirurgias e, por causa de erro no tratamento, teve um braço amputado. Em outubro deste ano, a Justiça condenou o Estado a bancar o tratamento, mas a sentença ainda não foi cumprida e o drama vivido por Ricardo continua.

"Esses últimos dias tem sido turbulência. A doença expandiu de mais, pelo pulmão, fígado e abdômen. Eu tenho passado muito mau. Vivo num hospital internado, tem sido muito ruim mesmo. A doença não perdoa não, está avançando muito rápido porque é um tipo de câncer muito agressivo."

Ricardo ainda explicou que está esses dias em Araguaína e quando o quadro de saúde se agrava tem que ir para o HRA. E ainda ressaltou que o tratamento tem que prosseguir em Barretos. Na próxima semana ele embarca rumo ao estado paulista.

Resposta da Sesau

Em nota ao AN, a Sesau  esclareceu que o paciente Ricardo  está internado HRA recebendo acompanhamento de equipe multiprofissional.  E que já abriu processo de compra do medicamento Ipilimumabe, indicado para o tratamento do paciente.

E acrescentou. "Apesar de este ser um medicamento de alto custo, importado e não pertencer a Relação Nacional de Medicamentos (Rename) utilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a Secretaria tem empenhado todos os esforços para garantir a aquisição e importação do medicamento no menor tempo possível."

Sobre o erro no tratamento, a nota diz: "A Secretaria está encaminhando ao Conselho Regional de Medicina (CRM) solicitação para apuração do suposto erro."