Os funcionários que trabalham na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e no Hospital Municipal de Araguaína estão com os salários atrasados desde o dia 5. Segundo funcionária, o pagamento vinha sendo feito com atraso nos dias 10 e 11, mas dessa vez eles não têm previsão de quando devem receber.

Além do atraso do pagamento, uma funcionária que preferiu o anonimato, reclamou que  o repouso da enfermagem do HMA está sem ar-condicionado há mais de mês. "Num calor absurdo não tem nem como repousar. Estamos indignados com as condições de trabalho e ainda não nos pagam em dias" cobrou.

Segundo a funcionária, com a lotação no Hospital Municipal funcionários ficam sobrecarregados. "Os técnicos de enfermagem esses mês já ficaram até com 12 crianças na escala". Também é frequente a necessidade de horas extras, e o pagamento delas é feito apenas com folgas definidas pela direção e não em dinheiro, como era feito anteriormente. "Nem sempre quando pedimos essa folga somos atendidos. Não sei porque não pagam extra em dinheiro, porque a antiga Pró-Saúde pagava".

Resposta do IBGH

A UPA e o HMA são administrados pelo Instituto Brasileiro de Gestão Hospitalar (IBGH). Por meio de nota, o IBGH confirmou o atraso de salários no mês de dezembro e informou que a situação foi em decorrência dos atrasos nos repasses de recursos federais, estaduais e municipais que custeiam o funcionamento do Hospital Municipal de Araguaína e da UPA.

De acordo com a gerência da unidade "há provisionamento dos recursos entre os dias 15/12 e 17/12 para regularização do repasse". Sobre a alegação da falta de pagamento de horas extras, o IBGH assegurou que "a informação não é procedente. Os valores são pagos sempre no mês posterior à jornada. A compensação das horas extras em folga acontece apenas em situações pontuais e com total consentimento e aval do colaborador" esclareceu.

A respeito da lotação do HMA, o IBGH informou que, ao longo de um ano à frente da gestão, a taxa de ocupação dos leitos manteve a média de 40%. Com relação à falta de ar-condicionado na sala de repouso de enfermagem do HMA, o instituto esclareceu que foi feito um investimento em camas e colchões novos e que o espaço é arejado, com janelas amplas e com ventiladores.

Já sobre a sobrecarga de trabalho, o IBGH também esclareceu que as escalas obedecem o dimensionamento determinado pelo Conselho Regional de Enfermagem (COREN).