Centenas de profissionais, pais e mães de família, que trabalham no Hospital Municipal de Araguaína (HMA) e na Unidade Pronto Atendimento (UPA) vão passar o natal sem o tão esperado 13º salário. Para esses trabalhadores, a única coisa que sobra é o sentimento de decepção. "Natal sem ceia e sem presentes para os filhos", assim descreve um profissional, que preferiu não ser identificado.

Os profissionais são contratados pelo Instituto Brasileiro de Gestão Hospitalar (IBGH), que é responsável pela administração das unidades de saúde. O IBGH assumiu a gestão no dia 1º de novembro de 2015, no lugar da Pró-Saúde.

Em nota, o instituto afirmou que o atraso no pagamento do 13º salário acontece em decorrência dos atrasos nos repasses de recursos federais, estaduais e municipais que custeiam o funcionamento do HMA e UPA.

O IBGH adiantou que a previsão é que a regularização do pagamento aconteça até segunda-feira, 26 de dezembro.

A nota diz ainda que o instituto está empenhando todos os esforços necessários para resolver a situação, mas ressalta que é necessário aguardar a totalidade dos repasses, principalmente do Governo Federal, que estão acontecendo fora das datas estipuladas.

A reportagem tentou contato com a Prefeitura de Araguaína, mas as ligações não foram atendidas.

Atraso constante de pagamento

Segundo os funcionários, são constantes os atrasos salariais, inclusive dos médicos. "Todos os meses acontece isso. Queria entender porque o contrato com a Pró-Saúde era inferior e mesmo assim pagavam em dia. Para onde está indo esse dinheiro?", questiona. Conforme relatado, o pagamento só é feito entre o dia 15 e 20 do mês subsequente ao trabalhado, quando a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) determina que seja efetuado até o 5º dia útil do mês.