O inquérito policial sobre a morte do casal Brenda Miranda Lima Ferreira e Lucas Alberto Rocha em acidente de trânsito, ocorrido na noite de 1º de janeiro, foi finalizado. O resultado da investigação aponta que o policial Sanyo Oliveira Silva, 42 anos, foi indiciado por homicídio com dolo eventual, quando o agente aceita o risco de causar dano.

No dia do acidente, o casal trafegava pela BR 153 e ao chegar na entrada do Bairro de Fátima o carro do policial colidiu na traseira da moto, arrastando-a por vários metros. Segundo testemunhas, após o acidente o policial atirou para cima evitando que curiosos se aproximassem.

As vítimas foram socorridas, mas não resistiram aos ferimentos e morreram no Hospital Regional de Araguaína. Um carona que estava no carro do policial também ficou gravemente ferido.

Conforme o inquérito policial, o policial se apresentou espontaneamente na delegacia, disse que andava de 50 a 60 km/h e negou ter ingerido bebida alcoólica. Já a perícia, após conclusão dos trabalhos, concluiu que Sanyo trafegava a 111km/h em um local onde a velocidade máxima permitida é de 30 km/h.

De acordo com a  investigação, testemunhas relataram que Sanyo e seu acompanhante Félix estavam instantes antes do acidente "visivelmente alcoolizados" em um bar no Bairro de Fátima. Contrariando assim seu depoimento de que não havia bebido.

Diante das provas, o delegado responsável pelas investigações Rérisson Macedo indiciou Sanyo por homicídio com dolo eventual e ainda por disparo em via pública. O acompanhante do policial também foi indiciado por falso testemunho.

A reportagem não conseguiu localizar o policial nem sua defesa. O espaço permanece aberto.

Conforme informações do G1, Brenda Miranda Lima Ferreira, 23 anos, morreu no fim da noite de 1º de janeiro. Ela deixa dois filhos, um menino de quatro anos e uma menina de três. Já Lucas Alberto Rocha, 25 anos, sofreu uma grave fratura na perna, morreu em seguida depois de passar por cirurgia. Ele também deixa um filho.

O PM Sayno Oliveira Silva, de 42 anos, foi internado na sala vermelha do HRA, local onde ficam pacientes em estado grave. Ele recebeu alta no dia 5 e se apresentou à Polícia Civil para prestar depoimento, quando foi liberado para responder em liberdade.

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