A Polícia Federal realiza na manhã desta terça-feira (7), a 3ª fase da Operação Ápia e cumpre quatro mandados de prisão e 22 de busca e apreensão. A operação iniciou em outubro do ano passado, quando o ex-governador Sandoval Cardoso foi preso. Ele é suspeito de fazer parte de uma organização suspeita de fraudar licitações de terraplanagem e pavimentação asfáltica no Tocantins.

O objetivo desta nova fase da operação é investigar pagamentos de propinas. A Polícia Federal não informou quem são os presos e onde estão sendo cumpridos os mandados.

Entenda

A Operação Ápia investiga uma organização suspeita de fraudar licitações de terraplanagem e pavimentação asfáltica no Tocantins. Segundo a PF, ela funcionava em três núcleos compostos por políticos, servidores públicos e empresários. A operação investiga o ex-governador Sandoval Cardoso (SD) e já levou o ex-governador, Siqueira Campos (sem partido) para prestar depoimento na sede da PF em Palmas. A suspeita é de que o grupo tenha desviado R$ 200 milhões.

O superintendente regional da PF no Tocantins, Arcelino Vieira, disse que os núcleos eram formados com a intenção de fraudar e burlar a fiscalização de forma a conseguir lucrar com os serviços, que muitas vezes não eram executados. Os serviços de terraplanagem foram contratados para serem realizados em 29 rodovias estaduais e os de pavimentação asfáltica, nos 139 municípios do Tocantins.

"O núcleo político era composto por pessoas que compunham o alto escalão do Estado, dois ex-governadores [Sandoval Cardoso e Siqueira Campos que, através de contratos com Banco do Brasil, conseguiram empréstimos internacionais", disse. (Com informações do G1-TO)