Um empresário araguainense começou o ano de 2017 sentindo na pele a dor da insegurança. Só nestes dois primeiros meses ele já foi assaltado duas vezes. Sem ter a quem recorrer, resolveu desabar e escreveu na porta de sua loja. "Socorro!!! Não aguentamos mais ser assaltados".

Ao AN, o empresário Carlos Gonzaga Bringel, proprietário da Marmoraria Pedrita, contou que o último assalto a sua empresa ocorreu por volta das 17h30 do último dia 9. Ele relatou que homens armados fizeram funcionários de reféns, trancaram no banheiro e levaram pertences. Na ação, os criminosos roubaram dois notebooks, uma TV-42 Polegadas, três tabletes e oito celulares.

Bringel disse ainda que "não dá mais conta" de conviver com tanta violência.  E que a PM prendeu os suspeitos três horas depois da ação, mas não conseguiu recuperar todos os itens furtados.  Relatou que os criminosos fizeram ameaças e um deles chegou a quebrar o celular de uma funcionária com o cano do revólver.  Afirmou que um?aparentemente menor--era muito agressivo e o outro era mais "light."

Indignado, o empresário relatou ainda que chegou na delegacia por volta das 21h00 da quinta-feira e saiu somente por volta de 1h da manhã. Duas menores suspeitas de fazer parte do roubo à sua empresa, saíram de lá antes dele. "É complicado, a agente se sente de mãos atadas" , desabafou.

O empresário frisou que os maiores ficaram presos, mas acredita que em breve os elementos voltam pra rua e a praticar crimes. "Não vira nada. Ficam presos dois meses [ e depois são soltos]. O empresário lembrou que já passou por ao menos sete assaltos e um sequestro ao longo de sua vida como investidor em Araguaína.

Bringel diz que já está se  "acostumando", pois se sente de ?mãos atadas" por não pode fazer nada.    Diante do cenário de insegurança, o empresário tem apenas uma certeza: Não vai mais comprar equipamentos caros.  "A gente fica meio contrariado, sem ação. Eu não vou comprar mais TVs e celulares [modernos]. Vou usar um celular bem pebinha". Por fim, Brigel criticou a roubalheira do governo e os altos impostos e revelou sua única certeza. "Não sou o primeiro e não serei o último".

O AN procurou o 2º BPM, mas até o fechamento da matéria não obteve retorno.