Após Ação Penal ajuizada pelo Ministério Público Estadual (MPE), a Justiça condenou a mais de 15 anos de prisão o delegado Manoel Laeldo dos Santos Nascimento, pelos crimes de corrupção passiva, ocultação de capitais e associação criminosa. O delegado, que estava afastado do cargo desde setembro de 2016, também perdeu a função pública que exercia.

A sentença, proferida nesta terça-feira, 7, também condena Jânio Espíndula Gomes, servidor público da prefeitura de Araguaína e parceiro do delegado, a perda do cargo público e pena de 8 anos e 4 meses de prisão, pelos crimes de corrupção passiva, ocultação de capitais e associação criminosa. O agente de Polícia Raimundo Dias de Araújo e a estudante Fernanda Julião também foram condenados a mais de 5 e 7 anos, respectivamente.

Os crimes teriam acontecido entre os anos de 2013 e 2015. Segundo a sentença, a quadrilha liderada pelo delegado Manoel Laeldo teria extorquido cerca de R$ 80 mil reais dos familiares de Wagner Carlos Santana Milhomem, vítima de homicídio em Araguaína. O delegado alegava não ter recursos para as investigações e se aproveitava da função pública exercida para receber vantagem indevida.

O caso vinha sendo acompanhado pelos Promotores de Justiça criminais da comarca de Araguaína. A decisão cabe recurso e o delegado vai responder em liberdade.

Defesa de Laeldo

Em nota ao AN, a defesa de Laeldo informou que recorrerá às instâncias superiores. "A decisão está totalmente equivocada, uma vez que não foram analisadas as provas produzidas no processo, nem mesmo as teses defensivas que demonstram a efetiva inocência dos acusados".

Frisou que convém ressaltar que o acusado Manoel Laeldo "nunca solicitou ou recebeu qualquer vantagem para investigar crimes em seus 17 anos de atuação como delegado no Estado do Tocantins". "Trata-se, na verdade, de um fato isolado na sua carreira com nítido intuito de vingança por parte dos familiares da vítima de homicídio Vagner Milhomem, pois estes acreditam, erroneamente, que o delegado foi o responsável pela absolvição do acusado do crime."

E ressaltou que "o acusado Manoel Laeldo está sendo vítima de um plano ardiloso com o objetivo de reabrir a investigação do crime de homicídio."

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