Servidores públicos paralisaram atividades nesta quarta-feira(15) para manifestar conta a reforma da previdência em tramitação no Congresso Nacional. As manifestações fazem parte de um movimento nacional das centrais sindicais e acontecerá em diversas cidades brasileiras com objetivo de pressionar os congressistas para não aprovar a reforma previdenciária proposta pelo governo Temer, através da PEC 287/2016.

Em Araguaína a concentração iniciou às 7 horas em frente ao SINTET, na Avenida Tocantins. Os manifestantes percorrerão a Avenida Cônego João Lima, Câmara Municipal, INSS e finaliza na Praça das Nações.

Em Palmas, a concentração acontece a partir das 8h30 na Avenida JK, em frente ao Colégio São Francisco de Assis. De lá, os manifestantes seguirão até a Assembleia Legislativa, na Praça dos Girassóis.

Na cidade de Gurupi a concentração acontece na Praça Santo Antonio às 16 horas e percorre a Avenida Goiás até o Parque Mutuca.

Em Taguatinga, a concentração acontece na praça em frente ao Banco do Brasil, a partir das 8 horas. Em Dianópolis a manifestação está programada ocorrer na Praça Central, a partir das 7h30.

Reforma nociva aos trabalhadores

O presidente da Nova Central Sindical dos Trabalhadores no Tocantins (NCST-TO), Cleiton Pinheiro, argumenta que a reforma previdenciária proposta pelo governo federal é extremamente nociva a todos os trabalhadores. "O que o governo está fazendo é acabar com direitos dos trabalhadores com a justificativa de sanear as contas da Previdência. No entanto o governo não ataca um dos principais fatores que afetam a Previdência que é a inadimplência no sistema", afirma.

Para o presidente da NCST-TO, o governo deixa de cobrar os grandes devedores que causam o desequilíbrio das contas da Previdência Social. "Estudos de diversas entidades apontam que, caso o governo cobrasse os grandes devedores, as contas da Previdência estariam equilibradas. O trabalhador não pode ser responsabilizado e pagar por essa crise", afirma Cleiton Pinheiro.

Os principais pontos da reforma da Previdência, proposta pelo governo são: aumento para 65 anos da idade mínima para aposentadoria; desvinculação da aposentadoria do salário mínimo, abrindo caminho para que o trabalhador aposentado receba menos de um salário mínimo mensal de aposentadoria;  aumento para 25 anos do tempo mínimo de contribuição; para se aposentar com 100% o trabalhador terá de contribuir durante 49 anos para a Previdência.

"A desvinculação da aposentadoria do salário mínimo, por exemplo, vai provocar um grande impacto no orçamento familiar e também na economia dos estados e municípios, uma vez que menos recursos vão circular e vai aumentar a demanda por serviços e atendimentos básicos nos municípios", avalia o presidente da Nova Central Sindical dos Trabalhadores no Tocantins.

Além do ato marcado para o dia 15 de março, as entidades sindicais também vão pressionar os deputados e senadores para que rejeitem a proposta do governo federal. "Vamos deixar claro aos nossos deputados e senadores que, ao votar a favor desta proposta eles estarão votando contra os trabalhadores do Tocantins", reforça Cleiton Pinheiro.