A Nova Central Sindical dos Trabalhadores no Tocantins (NCST-TO), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e União Geral dos Trabalhadores (UGT) reuniram-se nessa quinta-feira, 23, para articular novas estratégias de mobilizações contra a PEC 287/2016, que trata da reforma da Previdência, em tramitação na Câmara Federal.

A reunião aconteceu no auditório Zumbi dos Palmares, na sede da Sintet em Palmas e contou com a participação dos sindicatos filiados às quatro centrais sindicais. Durante o encontro as entidades sindicais concordaram com a necessidade de pressionar a bancada do Tocantins para que vote contra a proposta que representa um desmonte da Previdência e que vai trazer impactos negativos na economia dos estados e municípios.

MOBILIZAÇÕES

O presidente da Nova Central Sindical dos Trabalhadores no Tocantins (NCST-TO) e do Sindicato dos Servidores Públicos no Estado do Tocantins (SISEPE-TO), Cleiton Pinheiro, afirma que o objetivo das mobilizações e mostrar para a sociedade a grande ameaça que representa a PEC 287/2016. "A sociedade e os trabalhadores precisam estar conscientes que vão perder direitos importantes caso essa reforma seja aprova", sustenta.

Cleiton Pinheiro argumenta também que, principalmente no Tocantins, os prejuízos serão enormes. "Se essa proposta for aprovada, haverá uma queda significativa no valor das próximas aposentadorias e pensões com reflexos imediatos na economia do estado e dos municípios, assim como nas áreas da saúde e da assistência social. Os prefeitos e vereadores precisam ficar atentos a isso", alerta o presidente da NCST-TO.

 BANCADA FEDERAL

O presidente da NCST-TO afirma também que o posicionamento da bancada federal do Tocantins favorável à proposta da Terceirização ? quando apenas dois deputados votaram contra ? deixou claro que os trabalhadores precisam aumentar a pressão sobre os deputados. "Essa votação serviu como termômetro. Agora é preciso que cada cidadão tocantinense fique sabendo quem foram os deputados que votaram contra seus interesses para que os trabalhadores possam dar o troco na próxima eleição", enfatiza.

As entidades sindicais definiram intensificar as mobilizações de rua, a exemplo do que aconteceu no dia 15 de março, quando milhares de pessoas protestaram em Palmas, Gurupi, Dianópolis, Taguatinga e Araguaína contra a reforma da Previdência.

Para massificar as informações a respeito do desmonte da Previdência Social, as entidades sindicais e suas centrais sindicais vão elaborar informativos, panfletos, adesivos e outdoors para esclarecer à população dos prejuízos que representam a aprovação da PEC 287/2016 e também para cobrar dos deputados federais do Tocantins que votem contra a proposta.

Outra frente de mobilizações será responsável por contatos com as entidades da sociedade civil organizada a fim de buscar apoio contra a Reforma da Previdência. Serão realizadas audiências públicas nas Câmaras Municipais das principais cidades do Estado, além do agendamento de uma audiência com a bancada do Tocantins no Congresso Nacional.