A Câmara discutiu na tarde desta segunda-feira (27) os problemas relacionados ao transporte de pessoas e de cargas em Araguaína. Na oportunidade o presidente da ASTT, Fábio Fiorotto Astolfi, frisou que o apesar da dificuldade no combate aos clandestinos, já autuou 34 deles nos últimos três meses. E chamou quem faz o transporte ilegal de criminoso.

Em contrapartida, o presidente da Coopermoto, Marizon Arruda da Luz, reclamou da cobrança de taxas de vistoria na motocicleta a cada seis meses.  "Nós temos 20 anos de mototáxi e agora, de surpresa, [vamos pagar] duas taxas por anos" criticou. Cada uma delas no valor de R$ 72,00, e pediu a revogação de uma.

Além da instituição da cobrança, Marizon reclamou que a atuação dos clandestinos reduz o lucro dos mototaxistas legalizados.  Ele cobrou rigor da ASTT (Agência de Segurança Transporte e Trânsito) na fiscalização e combate à clandestinidade. "O pior de tudo é o [moto táxi] clandestino. Se usar esse método de pegar um por dia, acredito que hoje não teria mais clandestino. Porque dentro de cem dias eram cem clandestino que teria saído de circulação".

Em resposta, o presidente da ASTT ponderou que o município não pode abster-se de arrecadar taxas criadas por Lei.  Fábio Astolfi afirmou que a medida implicaria em crime de prevaricação.  Ele propôs estender o prazo de pagamento como forma de ajudar os mototaxistas.

Ao AN Astolfi frisou que a ASTT autuou em flagrante 34 clandestinos entre 20 de dezembro de 2016 e 20 de março de 2017.  Ele ressaltou que a fiscalização também envolve a segurança do próprio usuário do transporte clandestino. "Numa abordagem a esse tipo de criminoso, vamos dizer assim, é preciso tomar cuidado com aqueles que ele vem transportando".

Na tribuna da Câmara, Fábio admitiu que o transporte clandestino "é um problema crônico e cruel" em Araguaína. "São inúmeros [problemas]. E não apenas inúmeros, são perigosíssimos. Não tenho medo deles, mas não posso negar que são perigosos. Muitos são bandidos. Tanto é que um deles assassinou o nosso agente" relembrou.

Sobre 34 os flagrados na clandestinidade, Fábio explicou que "eles respondem pelo exercício ilegal da profissão, previsto no Artigo 47 da Lei de Contravenções Penais".  Alertou ainda para os riscos de pegar um transporte clandestino. "Peço encarecidamente, não use esse tipo de transporte. Ele é muito perigoso. Envolve diversos riscos, inclusive de morte".