Sem laudo do IML (Instituo Médico Legal), a delegada plantonista Verônica Carvalho pediu exumação do corpo do empresário araguainense Raimundo Aires de Alencar Ulisses Filho para apurar a real causa da morte. Ele foi internado na noite de sábado (22) no Hospital Dom Orione e faleceu na manhã de ontem (23).

Conforme informações do portal AF Notícias, o pedido de exumação do corpo foi solicitado após a coordenadora do IML de Araguaína, Elizete Machado dos Santos, registrar um Boletim de Ocorrência relatando que o corpo não passou pelo instituto.

Segundo a reportagem, a coordenadora também contatou uma assistente social do HDO, mas ela não soube informar o nome do médico que deu a declaração de óbito.

Ainda no domingo, os agentes conseguiram informações de que o laudo do hospital apontou intoxicação exógena (drogas) e depressão. No entanto, segundo os agentes deveria constar "abstinência".

Foi levantada a hipótese de "morte cerebral" desde sábado, e ainda o fato de que a droga encontrada seria insuficiente para provocar a morte do empresário. O corpo foi enterrado no Cemitério São Lázaro na tarde de domingo, sem ter passado no IML.

A delegada Verônica apontou que nas redes sociais, houve postagens de que a seria caso de suicídio. Diante das dúvidas quanto a causa do falecimento, a delegada classificou a morte como "suspeita" e pediu exumação.  "Por se tratar de morte suspeita, tendo em vista que o corpo não foi submetido a exames no Instituto Médico Legal, a urgência de coleta de materiais que podem se perder com a decomposição do corpo, sendo o IML o órgão competente para fazer os exames necessários para esclarecer a causa da morte" disse.

Após o Ministério Público Estadual se manifestar sobre o pedido, a decisão caberá ao Juiz Francisco Vieira Filho, da 1ª Vara Criminal de Araguaína.