Em nota enviada à imprensa nesta segunda-feira (24), a Diocese de Tocantinópolis, Regional Norte 3 da CNBB, posicionou-se a respeito da polêmica envolvendo o Bispo diocesano de Tocantinópolis, Dom Geovane, e a organização do Seminário Saúde Mental e Gênero, promovido pelo curso de Psicologia da Faculdade Católica Dom Orione (FACDO) em Araguaína.

O fato da conferencista que encerraria o evento, psicóloga Valeska Zanelle, ser favorável a descriminalização do aborto no Brasil, fez com que a faculdade vetasse a participação dela, com o aval do Bispo. O veto gerou reação contrária de alguns estudantes, que chegaram a fazer manifestação pedindo laicidade no ensino.

Por outro lado, a nota da Diocese pontua que o "múnus (função) do Bispo na Diocese de Tocantinópolis não condiciona as instituições de ensino católico universitário ou instituições confessionais, pois as mesmas são autônomas e regidas por seus respectivos estatutos".

A nota ressalta ainda que não é prática da Igreja "restringir a investigação científica, mas promove-la". No entanto, para "a Igreja Católica Apostólica Romana a defesa da vida, o respeito devido à mulher e a qualquer pessoa, independente da sua opção sexual, é um dos princípios fundamentais do seu ensinamento e prática".

Reiterou a defesa do direito à vida desde sua concepção até a morte natural, citando dispositivos da Constituição Federal. A nota foi enfática ao rejeitar  "TODA E QUALQUER INICIATIVA QUE PRETENDA LEGALIZAR OU SIMPLESMENTE DEFENDER O ABORTO NO BRASIL". E finaliza conclamando "nossas comunidades a unirem-se em oração e a se mobilizarem, promovendo atividades pelo respeito à dignidade integral da vida humana".

Confira a nota na íntegra

nota diocese de Tocantinopolis