Dois projetos de lei do Governo do Estado que solicitam autorização para contratar operação de crédito junto ao Banco do Brasil e Caixa Econômica estão travados na Assembleia Legislativa desde o mês de dezembro de 2016, quando foram protocolados na Casa. Os projetos preveem empréstimos de R$ 600 milhões, sendo R$ 453,2 milhões na Caixa e R$ 146,7 milhões no BB.

Desse montante, Araguaína será beneficiada com aproximadamente R$ 150 milhões, sendo R$ 50 milhões para construção do novo Hospital Geral, R$ 86,5 milhões para a duplicação da TO-222 e R$ 12 milhões para a pavimentação da TO-243, que dá acesso ao povoado Mato Verde.

A demora na apreciação do projeto fez com que vereadores de Araguaína e Babaçulândia fizessem indicações ao presidente da Assembleia, deputado Mauro Carlesse (PTB), solicitando celeridade na tramitação da matéria.

Na última terça-feira (30), os deputados estaduais voltaram a discutir sobre o pedido de empréstimo, mas o projeto não tem data para entrar em votação. Como muitos os parlamentares vão participar do encontro da UNALE ? União Nacional dos Legisladores e Legislativos Nacionais, é bem provável que o assunto seja debatido na Comissão de Constituição e Justiça apenas no mês de agosto.

Essa previsão deixou o vereador de Araguaína, José Ferreira Barros Filho, o Ferreirnha, "revoltado, chateado e indignado". O vereador lembra que já enviou indicação aos deputados pedindo agilidade na tramitação do projeto, mas teve informações de que Olyntho Neto (PSDB) estaria travando o andamento.

"Fontes fidedignas da Assembleia afirmaram que o deputado Olyntho Neto disse que não vai colocar de forma alguma os projetos para serem votados e já vão fechar a pauta nas Comissões para irem a uma reunião da UNALE e só voltam os trabalhos em agosto. Vão passear, fazer turismo. Falta de vergonha", disparou Ferreirinha.

Olyntho é presidente da CCJ e também deputado representante de Araguaína. Porém, Ferreirinha afirmou que o parlamentar está "sentado em cima do projeto e não vai votá-lo por que quer que o governador pague suas emendas". "Araguaína pode ficar sem o Hospital Geral por que Olyntho está sentado em cima do projeto na Comissão. É muita contradição", criticou.

Na sessão da última terça-feira (30), o Olyntho Neto demonstrou que não tem pressa na análise do projeto. "O dinheiro está aprovado e disponível nos bancos. Não tem prazo. Temos tranquilidade para apreciar esse financiamento durante qualquer momento de 2017", disse.