O delegado Rérisson Macedo, responsável pela investigação do universitário desaparecido em Araguaína, concedeu entrevista na tarde deste sábado, 3. Ele afirma não ter dúvida de que a ossada encontrada nesta manhã seja de Fabrício Martins (24 anos) e aponta indícios de morte violenta.

"Desde o primeiro momento eu já compreendia de que poderíamos chegar a esse desfecho sim.  Eu não podia jamais tirar as esperanças da família. (...)  Porque não havia um corpo. Agora, hoje, com o encontro dessa ossada humana, em que vários vestígios também foram coletados juntamente com ela, algumas evidências,  nos levam a segurança de que (...) aquela ossada (...) é do Fabrício. Nós não temos dúvidas nenhuma quanto a isso."

Rérisson destacou ainda que os restos mortais estão no IML e o prazo para identificar a causa da morte é de 30 dias.  Disse ainda que foi coletado material genético para fazer DNA. "Se houver necessidade lá na frente, algum tipo de questionamento, vai ser feito o exame de DNA, que é demorado.  Mas não vejo essa necessidade. Por toda circunstância, posso assegurar que aquele [cadáver] é do Fabrício."

O delegado lembrou que a investigação é sigilosa e não deu detalhes,  mas comentou. "Os vestígios nos levam a crer em morte violenta. Vamos continuar as investigações e trabalhar,  de forma a não cometer nenhuma injustiça. E que as pessoas que por acaso cometeram isso contra a pessoa dele, que paguem pelo o que fizeram."

Em relação ao andamento das investigações, Rerisson ponderou. "Nós não temos a segurança para falar sobre suspeito. Eu não tenho essas evidências nos autos.  O corpo foi localizado hoje. Nós vamos trabalhar com muita cautela, com muita responsabilidade, para não cometer nenhum tipo de injustiça. Vi aí a cidade inteira comentar coisas que não tem nenhuma relação com o caso."

Sobre as circunstâncias, o delegado disse que as evidências são de que Fabricio tenha sido morto com golpes de faca. "Existem evidências de que a morte violenta foi provocada por instrumento perfuro-cortante. Mas isso só o IML que vai nos assegurar. Mas há esses indícios. Mas vamos aguardar o posicionamento do IML, do médico legista, para termos essa segurança (...) de que realmente aconteceu."

Entre as evidências de que a ossada seja de Fabrício estão as vestimentas. Por exemplo, a camiseta encontrada no local em que estava o corpo é a mesma que o universitário ganhou de sua mãe no dia do aniversário, na data do desaparecimento ocorrido há 15 dias.   Já o cadáver foi localizado na manhã deste sábado, 3, debaixo da ponte do córrego Canindé, próximo ao Parque Cimba. Estava amarrado com um lençol.

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