Panfleto entregue a população.

Vestidos de preto em sinal de luto pela educação, os professores da rede municipal de Nova Olinda saíram às ruas na manhã desta sexta-feira (9) para manifestar. Eles cobram do prefeito o cumprimento do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) dos Servidores da Educação, melhores condições de trabalho e temem a retirada de direitos.

Segundo Railma Martins, presidente do Sintet Regional de Colinas ? da qual Nova Olinda faz parte ?, a progressão vertical e horizontal dos Educadores que deveria ter ocorrido em janeiro até agora não foi cumprida.

O sindicato já tentou diálogo com o prefeito, José Pedro Sobrinho (PTB), mas sem sucesso. "Estamos brigando porque nós temos os direitos a receber, e o senhor prefeito não quer pagar. Nós já avisamos, chamamos ele para uma conversa e ele só fala em retirada de direitos. Só quer alterar o plano de cargos e carreira".

Os servidores exigem que o gestor não altere o percentual de aumento anual na tabela dos servidores. Segundo os profissionais, o próprio superintendente da educação do município comunicou ao Sintet que fará alterações no percentual mesmo contra a vontade dos educadores.

A presidente do Sintet explicou que foi proposto soluções para o pagamento das progressões atrasadas, mas a gestão teria feito pouco caso e alegou não ter condições de pagar.  De acordo com a sindicalista, o prefeito quer alterar o PCCR sem dialogar com a categoria, aproveitando da situação de que possui maioria na Câmara.

Ela denunciou que foi feito plano de carreira para profissionais do Administrativo, mas a prefeitura nunca pagou a alteração. "Ainda tem alguns "privilegiados" do prefeito trabalham apenas 6 horas diárias. É um descaso com a categoria. Como é que eu concedo um direito e não te pago?" reclamou.

Os professores já decidiram que caso os pedidos não sejam atendidos a educação entrará em greve. "Se insistirem em mexer nos direitos, vamos parar. Se ele alterar o PCCR, porque ele tem a maioria na Câmara, é ele alterando e a educação parando. Nosso lema é nenhum direito a menos" disse Railma.

A manifestação inciou às 9 horas com professores exibindo cartazes e entregando panfletos a população informando as condições de trabalho e a necessidade de apoio da população.