Há duas décadas moradores da Vila Goiás e do setor Universitário aguardam solução para uma cratera na Rua Colinas. Nestes 20 anos, alguns serviços paliativos foram feitos, mas o material usado foi levado pela enxurrada e o problema da erosão continua.

O local recebeu o nome de "rua do buraco", em homenagem a cratera que resistiu ao menos cinco mandatos de prefeito em Araguaína. Por lá não passa viatura de Bombeiros, Samu ou da PM. Tampouco ambulância, ou mesmo carro de coleta de lixo.

Além da impossibilidade de trafegar, outro problema é a escuridão, devido à precariedade iluminação. Em uma das casas, moradores improvisaram uma ponte feita de porta de madeira. Foi a forma encontrada para lidar com a erosão, enquanto aguarda a benfeitoria da prefeitura.

Por tais razões, muitos moradores já deixaram a área e foram morar em outra localidade. Mas, há também, aqueles que assim como a cratera, permanecem no local e aguardam por uma solução do problema.  O serralheiro Gilmar, que se recusa deixar a área, relatou o dilema vivido no decorrer de 20 anos.

"A situação vem se repetindo ao longo de duas décadas. Nunca teve uma situação diferente. Termina o período da chuva aí vem um serviço paliativo, que é jogar pedras ou piçarra dentro do buraco. E a situação se prolongando. É difícil para nós. Tenho uma serralheria aqui e o acesso é complicado a rua é importante para ligação entre os setores [Vila Goiás e Universitário], mas é esquecida pelo poder público", relatou.

Em relação ao problema da Rua Colinas, o prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas (PR), diz que os moradores estão ocupando uma Área de Preservação Ambiental (APP). E, por este motivo, a prefeitura não fez a pavimentação asfáltica no local. Ainda assegurou que o local será contemplado com o Parque Nascentes do Neblina, para preservar a área. Já os recursos serão oriundos do empréstimo de US$ 54,9 milhões, que solicitou autorização da Câmara para fazer. (Com informações do AF Notícias)