Ainda era madrugada desta terça-feira (27) quando equipes da prefeitura chegaram à Feirinha para iniciar o processo de demolição. A ação é polêmica e divide opiniões. Está previsto a demolição de ao menos 44 imóveis condenados pela Defesa Civil. E posteriormente a revitalização da área para transforma-la no Cartão Postal de Araguaína.
Em entrevista ao AN, o secretário de Planejamento, Ângelo Júnior Marzola, falou sobre o projeto a demolição e o projeto de revitalização da Feirinha. "Esse processo já tem mais de cinco anos que está se arrastando. E nós temos um recurso de mais de R$ 6 milhões [da Caixa] para construirmos um prédio de 2.400² aqui. Onde vai ter uma ambiência de trabalho, uma ambiência de lazer, numa das principais portas de entrada de entrada da cidade", destacou Marzola.
Sobre os comerciantes que trabalham no local, Marzola frisou. "Nós temos uma comunidade de trabalhadores, 13 ou 17 comércios, que vamos conduzir para o galpão verde até terminar de ficar pronto o imóvel. Depois a gente vai botar eles dentro do imóvel e recicla-los. Para oferecer um melhor serviço para a sociedade".
O secretário enfatizou que é necessário a Feirnha passar por este processo para ser revitalizada. "A gente tem que entender que se o comércio está aberto, é porque tem alguém que compre. Se tem alguém que compra, nós temos que dar condição para que ele [comerciante] possa trabalhar. Ao mesmo tempo [...] não podíamos aceitar a condição de drogados e traficantes de droga aqui dentro, que era muito grande".
Marzola assegurou que todos os comerciantes, além de realocados, serão indenizados. Ao ser questionado sobre a reclamação dos moradores em relação à ação ocorrer de madrugada e sem notificação, Marzola foi enfático.
"Nós não temos moradores aqui dentro. Nós temos um cadastro, já tem cinco anos, não tem morador aqui dentro. Tem traficante, comerciante e locais de depósito de bebida. Todos estão devidamente cadastrados. (...) nós não derrubamos nenhum [imóvel] que não esteja condenado pela Defesa Civil".
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