O defensor público Sandro Ferreira  esteve no início da manhã desta terça-feira (27) na Feirinha para acompanhar a demolição.  Ele conversou com comerciantes, ouviu reclamações e depois concedeu entrevista. Frisou que tomou conhecimento do caso pela imprensa, está revoltado e vai recorrer à Justiça para barrar a ação.

Por volta das 10h00 o defensor protocolou a ação da Justiça, por entender que a demolição da Feirinha é ilegal. Em entrevista ao AN, Sandro falou sobre a decisão de tentar  "salvar" a Feirinha. "Estou revoltado, esse é o problema. Não tenho acompanhado essa situação, porque nós [ Defensoria Pública] fomos completamente excluídos nas negociações, na organização desse evento".

"Tomamos notícia há tempos atrás que estava havendo um projeto de reurbanização da Feirinha. Notificamos o município  por duas vezes para tentar participar desse processo. Não conseguimos, fomos completamente excluídos, não fomos ouvidos. E hoje, também pela imprensa, me deparo com a notícia de que as pessoas estavam sendo desalojadas aqui." Criticou o defensor público.

Além disso, na entrevista ao AN o defensor Sandro disse que a ação é ilegal e ia recorrer à Justiça. " Chego, não encontro nenhum oficial de justiça, não encontro uma ordem judicial e nenhuma notificação prévia.  Ou seja, completamente ilegal o que está acontecendo aqui (...)  Vou (...) manejar uma ação judicial para embargar enquanto está acontecendo, ver se eu consigo salvar ainda alguma parede dos prédios, alguma parte do patrimônio dessas pessoas."

Sandro criticou também a desorganização da prefeitura e disse que se a desocupação fosse num Bairro de ricos, tudo seria diferente. "Essas pessoas não podem ser tratadas como estão sendo tratadas aqui. Se isso aqui fosse um Bairro nobre da cidade, não aconteceria dessa forma. Não chegariam como chegaram, simplesmente desalojando as pessoas."

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