O comerciante José Vidal da Silva, que trabalha na Feirinha, falou sobre o processo de revitalização do local. Ele ponderou que aprova a mudança e chamou Dimas de mente "aberta", mas criticou a forma "arbitrária" como ocorreu a ação.

José se referia ao horário em que equipes da prefeitura chegaram à Feirinha, por volta das 4h30 da manhã.  "Aqui tem pessoas de bem.  Aqui 90% são pessoas de bem. Os drogados que habitam não são da Feirinha. (...) Aqui são só trabalhadores. Os habitantes daqui são. Agora, esses drogados que ficam aí vendendo droga, tudo são de fora. São pessoas expugnadas pela família. Aquelas ovelhas negras que tem, que vem habitar aqui".

Também disse que as autoridades estão atirando para o lado errado. "Vê se o problema vai ser resolvido? Vai continuar aí, a Polícia vai continuar entrando aí, vai continuar encontrando os cachimbos aí no meio. Agora, aqui as pessoas [que trabalham] vão ser prejudicados. Tão atirando para o lado errado. O que o comerciante tem a ver com a droga?"

Vidal destacou que o prefeito Ronaldo Dimas é "mente aberta" e por isso deveria ter evitado a situação "arbitrária". Ele ponderou que o município deveria ter providenciado um local, para depois fazer a retirada dos comerciantes.

O secretário Júnior Marzola justificou que a ação ocorreu na madrugada por recomendação da PM e PC. Pois no local a ser demolido, além de comerciantes, não há moradores. Mas sim, "prostitutas", "drogados" e "traficantes".  A Justiça determinou na noite de ontem, 27, a suspensão da demolição.