O deputado Irajá Abreu (PSD-TO) usou a tribuna da Câmara na tarde desta quarta-feira (28) para solicitar do Governo do Tocantins esclarecimentos sobre o empréstimo de R$ 600 milhões. Cobrou transparência, informações sobre as contrapartidas e questionou se Marcelo Miranda (PMDB) estava preocupado só com obras eleitoreiras.

Irajá Abreu ressaltou que os empréstimos junto a CEF de R$453 milhões e Banco do Brasil R$146 milhões são necessários. Entretanto, diz que é necessário ter transparência nessas tratativas, como taxa de juro, destino dos recursos, carência e prazo de pagamento.

Além disso, o parlamentar questiona porque os empréstimos só foram solicitados agora. "Por que só agora depois de 3 anos de gestão, o Governador Marcelo Miranda quer fazer esse financiamento? Será que não estaria ele preocupado em fazer obras apenas eleitoreiras? ", questionou.

Abreu questionou ainda sobre o recurso que será destinado como contrapartida aos financiamentos que não foram pagos. "Mais de 20% do valor total do financiamento de R$600 milhões, serão gastos como contrapartida de outros financiamentos adquiridos pelo Governo do Tocantins, que estão parados, porque o Governo irresponsavelmente não honrou, a exemplo do PRODESTE". Criticou.

O deputado destacou ainda o papel importante do Legislativo Tocantinense em cobrar esclarecimentos ao Governo. "Teve uma postura serena e de extrema grandeza (...). Outro destaque foi quando [a AL] abdicou de R$50 milhões [da] construção de um prédio. (...) Esse dinheiro agora será destinado aos 139 municípios do Estado do Tocantins".

Irajá Abreu questiona também, qual será a contrapartida que o Governo fará aos municípios. "Ao longo desses 3 anos, os municípios não receberam um centavo do Governo do Estado, a não ser os recursos federais que a bancada tocantinense tem feito com responsabilidade e com vigor. O Governo do Estado não fez nada pelos municípios e pelo que estamos vendo, não pretende oferecer contrapartida nenhuma".