Inspetores e fiscais de defesa agropecuária da Agência de Defesa Agropecuária (Adapec) apreenderam na tarde desta quarta-feira, 12, numa propriedade rural no município de Sampaio, no norte do estado, 1.275 barras de queijo de quatro quilos cada, totalizando 5.100 quilos de produtos impróprios para o consumo. Os queijos estavam armazenados numa fazenda e segundo a denúncia receberiam tratamento químico (com utilização de soda caustica e ácidos) e seriam remetidos a um estabelecimento com registro no Serviço de Inspeção Federal (SIF) em Augustinópolis. O proprietário da fazenda foi autuado em R$ 1 mil reais e os produtos foram destruídos no aterro sanitário de Augustinópolis.

O responsável técnico pelo Programa Estadual de Leite, Mel e Derivados da Adapec, Jean Paulo Galletti, relatou como se deu a ação. "A operação aconteceu após recebimento de denúncia anônima, e ao chegarem ao local, o inspetor e os fiscais identificaram forte odor pútrido de queijo e localizaram os produtos em um cômodo da casa, ali fizeram contato com o proprietário da fazenda informando da ocorrência, o mesmo alegou que os queijos eram de um amigo que solicitou o local para armazenar os produtos, e confirmou que os queijos seriam provavelmente enviados a uma fábrica de laticínio com (SIF) da cidade de Augustinópolis para serem ralados, porém, não repassou precisamente de qual indústria se tratava e o nome do suposto proprietário dos produtos", contou Jean.

A gerente de Inspeção Animal da Adapec, Joseanne Cademartori, disse que os queijos não possuíam nenhuma condição de consumo, pois infringia totalmente a legislação sanitária. "O local não possuía qualquer tipo de refrigeração, os produtos estavam sem rótulos de identificação, apresentavam forte odor pútrido, e ainda foi encontrada a presença de substância granular branca sobre as crostas, podendo se tratar de sal de cozinha (cloreto de sódio) ou outras substâncias conservantes", disse Joseanne, acrescentando que os produtos ofereciam sérios riscos à saúde humana.

O presidente da Adapec, Humberto Camelo disse que a Adapec dará continuidade às ações de combate ao comércio clandestino de produtos de origem animal no estado. "Nossas ações tem o objetivo de coibir o comércio clandestino de produtos sem as devidas condições sanitárias e ao mesmo tempo proteger e garantir à população o consumo seguro de alimentos dentro das normas higiênico-sanitárias", ressaltou o presidente.

A ação contou com o apoio de inspetores e fiscais de defesa agropecuária e da barreira volante da regional de Araguatins.