Principal vetor da doença, o mosquito Anopheles, também conhecido como mosquito

Secretaria de Estado da Saúde (SESAU) informou que de janeiro a julho deste ano foram registrados 58 casos de malária no Tocantins, 84% deles no município de Araguatins, extremo-norte do estado. O número corresponde a 0,1% dos casos da doença noticiados na região Amazônica.

A pasta informou que trabalha para manter a vigilância, a notificação e o tratamento dos casos registrados, fazendo com que a malária fique sob controle em todo o estado.

De acordo com levantamento da Sesau, a doença foi registrada em cinco cidades do Tocantins.  Em Araguatins foram 49 casos; Augustinópolis (4); Palmas (3); Pequizeiro (1) e Guaraí (1).

Dos 58 casos registrados, 43,1% são "importados", isto é, os pacientes contraíram a doença em outros estados e buscaram atendimento nas cidades tocantinenses.

De acordo com o biólogo Marco Aurélio de Oliveira Martins, responsável pelo Programa Estadual de Controle da Malária, dos 49 casos registrados em Araguatins, 18 são oriundos de outros estados.

"Aquela região é uma transição de biomas, do Cerrado para a Floresta Amazônica. Então, existem condições ambientais e climáticas favoráveis para o aumento do principal vetor da doença, que é o mosquito Anopheles, também conhecido como mosquito prego, o que favorece o risco de transmissão", afirmou.

Ainda de acordo com o responsável técnico, desde 2012, o Tocantins não registra nenhum óbito da doença. "Todos os municípios tocantinenses possuem condições de realizar o diagnóstico e o tratamento, que é disponibilizado apenas pelo SUS [Sistema Único de Saúde]", ressaltou.

Já o secretário de Saúde, Marcos Musafir ressaltou que a doença está sob controle.  "Não há risco de epidemia de malária no Tocantins. Está tudo sob controle, pois contamos com uma equipe capacitada, além do apoio das equipes de saúde dos municípios tocantinenses", afirmou.

Sintomas

Os sintomas mais recorrentes da doença são calafrios, febre alta e contínua, dores de cabeça e musculares.

Prevenção

Até o momento, não existe vacina para combater a malária. A prevenção pode ser feita com uso de repelentes à base do composto químico icaridina, camisas de manga longa e calças, além de evitar exposição a ambientes naturais no nascer e no pôr do sol.

Números da malária no Brasil

Segundo dados do Ministério da Saúde, de janeiro a maio deste ano, foram registrados no País 56.918 casos. Deste total, o Tocantins figura em último lugar nos números de confirmações da doença na Região Norte do Brasil, o que corresponde a 0,1% dos casos notificados na região amazônica.