Muller disse que eles começaram a gravar no dia 24 de julho de 2016

A produção de um documentário contando as histórias, rituais e cultura da tribo indígena Krahô está sendo desenvolvida por um repórter cinematográfico araguainense, em parceria com o proprietário de uma produtora de Araguaína.

Arquitetado de forma independente sendo dirigido por Raphael Muller, repórter aventureiro e seu amigo de expedição, Diostkan Lima, diretor de imagens, o material está em fase de edição, mas a dupla já liberou um trailer pra mostrar uma prévia de como está ficando o trabalho.

Raphael Muller falou da alegria de conduzir o projeto. "É um documentário apaixonante! Nos sentimos honrados em emprestar nosso dom para levar a história dos remanescentes às pessoas que ainda não os conhecem".

O repórter revelou que a iniciativa se deu durante campanha política no ano passado em Itacajá."Diostkan e eu tivemos a oportunidade de visitar algumas tribos e daí surgiu a grande ideia de transformar tudo o que vimos, ouvimos e experimentamos, em um belíssimo documentário. Visando mostrar para as pessoas que não tiveram a mesma oportunidade que a gente, a grande riqueza que aquele lugar oferece em termos de valores culturais, afeto, informação, inteligência natural e principalmente, amor", disse.

Muller disse que eles começaram a gravar no dia 24 de julho de 2016."Tivemos problema com o material pois havíamos perdido parte dele, mas graças a Deus recuperamos. Em fase de produção, iremos voltar na aldeia para recuperar algumas falas e complementar ainda mais esse documento digital", garantiu.

Em entrevista ao site, o repórter aventureiro destacou o vislumbre que teve diante das belezas que eles puderam contemplar na região. "É um pedaço do Brasil que poucos conhecem. Trata-se de uma reserva com a maior área de cerrados inteiramente preservada do país, merece toda atenção e divulgação".

Raphael não esconde a paixão pelo trabalho que faz e disse estar entusiasmado com o desenvolvimento do documentário: "Tenho passado noites e noites em claro escrevendo roteiros, assistindo filmes e me dedicando ao máximo para que de forma resumida, a gente possa mostrar com emoção cada detalhe da história desse povo guerreiro que além de suas tradições leva em suas mentes um passado doloroso onde muitos foram mortos em massacres por fazendeiros".

Sobre o lançamento, Raphael Muller ainda faz um pouco de mistério, mas contou que o processo de gravação está na fase final e que parte do material já se encontra na linha de edição.