Avião foi apreendido pela polícia com R$ 500 mil e santinhos políticos (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

Um empresário de Porto Nacional registrou Boletim de Ocorrência contra o Governador Marcelo Miranda (PMDB), o pai dele --Brito Miranda, e o irmão -- José Eidmar de Brito Miranda, por ameaça.  Douglas Marcelo Alencar Schimitt (41 anos) fez o registro na tarde do último sábado (29) na 1ª Delegacia de Porto Nacional (TO).

No relato consta que um PM lotado no Palácio Araguaia se encontrava na entrada na fazenda do empresário, a Agropecuária Napolis, em Porto Nacional. Afirmou também à polícia que havia sido alertado há uma semana de que Marcelo, Brito e Edimar, "iam mandar fazer um rasto de onça" nele, empresário Douglas. Na linguagem policial, o termo significa dar um susto ou mesmo ameaçar.

O empresário disse à PC que o caseiro percebeu uma pessoa na entrada na fazenda, em um carro Fiat Punto de cor branca, e perguntou quem seria. Este teria respondido que seria um corretor. Mas o morador avisou o patrão, que por sua vez foi juntamente com a PM ao local.

Ao chegar nas imediações da fazenda, o empresário e a PM se depararam com o homem na entrada da fazenda. Mas, diferentemente da informação repassada ao caseiro, se apresentou como um sargento da PM. Este, segundo a ocorrência, é lotado no Palácio Araguaia, sede do Governo do Estado em Palmas.

Diante disso, o empresário Douglas, conforme o B.O, entendeu que o PM seria um emissário da família do Governador Marcelo para fazer o "rastro de onça". Pois, no alerta há uma semana, haviam "deixado claro que pretendiam passar um susto nele[empresário]" Menciona o B.O. Entretanto, não cita possíveis motivações.

Douglas é uma das quatro pessoas presas na operação da Polícia Civil de Goiás, em setembro de 2014 na cidade de Piracanjuba, de posse de R$ 504 mil. Juntamente com o dinheiro em espécie, foi encontrado santinhos de Marcelo Miranda (PMDB), candidato ao Governo do Tocantins na época. Ele disputava com Sandoval Cardoso (SD), do grupo de Siqueira Campos.

Sem resposta

A reportagem procurou a assessoria de imprensa do Governador, mas eles preferiram não comentar sobre o caso. Também procuramos a Secretaria de Segurança Pública (SSP-TO) sobre quais os passos a serem feitos após o registro da ocorrência, mas também não obtivemos resposta.