Deputado federal Lázaro Botelho Martins

O deputado federal pelo Tocantins, Lázaro Botelho (PP), defendeu seu voto a favor  do presidente Michel Temer  (PMDB).  A votação está prevista para esta quarta-feira (2) no plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília-DF. Na oportunidade, os parlamentares decidem se autorizam ou não o Supremo Tribunal Federal investigar as denúncias de corrupção contra o presidente da república.

Em nota, o parlamentar diz ter conversado com muitas pessoas e praticamente todas "não sabiam o que realmente está em jogo".  Também frisou que sua de postura  é a favor do Brasil e dos brasileiros.

"Meu voto será no sentido de impedir que o Brasil pare. Não desejo colocar em risco o controle da inflação, a queda dos juros, a retomada do crescimento econômico, a geração de empregos e a continuidade das políticas públicas que beneficiam milhões de brasileiros", explica Lázaro.

Confira na íntegra a nota

"Nos últimos dias visitei diversos municípios e conversei com muitas pessoas a respeito do pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para que a Câmara dos Deputados permita ao Supremo Tribunal Federal (STF) deliberar sobre o processo que envolve o Presidente Michel Temer por corrupção passiva. Praticamente todas as pessoas com que conversei, independentemente de serem contra ou a favor, não sabiam o que realmente está em jogo nessa votação.

A Câmara não irá decidir se o Presidente da República é inocente ou culpado e nem terá o poder de impedir que o Sr. Michel Temer seja processado. Na prática o que será decidido pelos Deputados é se o Brasil passará ou não por um novo período de paralisia política e administrativa.

Se a Câmara aceitar a denúncia, o Presidente será afastado por até 180 dias, assumindo Rodrigo Maia, presidente da Câmara. Se Temer for condenado, perde o cargo e Maia convoca eleição indireta para 30 dias depois. Absolvido ou caso nada aconteça em seis meses, Michel Temer volta a presidir o País.

Para entender melhor montamos uma provável cronologia dos fatos, caso a denúncia seja aceita pela Câmara:

  • Agosto/17 - Câmara autorizar o STF a deliberar sobre a denúncia;
  • Setembro/17 ? STF delibera sobre o pedido da PGR. Se decidir pela abertura do processo o Brasil seria "governado" por um presidente interino, Rodrigo Maia, por até 180 dias;
  • Março/18 ? Se temer for condenado, Maia convoca eleição;
  • Abril/18 ? Deputados e Senadores, em eleição indireta, elegem novo Presidente;
  • Julho/18 ? Tem início o período eleitoral;
  • Outubro/18 ? Eleição de um novo presidente, o quinto em um período de quatro anos.

Durante esse período, agosto de 2017 e dezembro de 2018, o Brasil ficaria paralisado, pois nenhum Governo consegue implantar políticas públicas em um ambiente de insegurança e troca-troca. Isso ocorrerá caso o processo contra o Presidente da República prossiga neste momento.

No entanto, se a Câmara não autorizar o STF o prosseguimento da denúncia contra o Presidente, Temer estará livre do processo e não será julgado?

Claro que não.

O processo prosseguirá, em janeiro de 2018, e Michel Temer será julgado e responderá à Justiça, como qualquer outro cidadão, sem o foro especial de um Presidente da República.

Ou seja, meu voto será no sentido de impedir que o Brasil pare. Não desejo colocar em risco o controle da inflação, a queda dos juros, a retomada do crescimento econômico, a geração de empregos e a continuidade das políticas públicas que beneficiam milhões de brasileiros.

O Brasil mostra claramente que está saindo da crise e neste momento, não podemos fazer com que disputas políticas condenem milhões de brasileiros ao sofrimento, com as consequências da desorganização e insegurança que viveremos caso o Presidente seja afastado.

Meu voto será a favor do Brasil e dos brasileiros.

Lázaro Botelho

Deputado Federal"