Bancada tocantinense vota em peso a favor de Temer.

A Câmara dos Deputados rejeitou há pouco a denúncia contra o presidente Michel Temer. Dos 8 deputados do Tocantins, cinco votaram a favor do presidente, dois votaram contra e um não se apresentou.

A sessão histórica de hoje, Michel Temer se tornou o primeiro presidente a receber uma denúncia de crime comum durante o mandato e conseguir autorização da Câmara para barrar o processo.

Votaram para salvar Temer os deputados Carlos Gaguim, Dulce Miranda, Josi Nunes, Lázaro Botelho e Professora Dorinha. Apenas Halum e Irajá foram a favor da investigação. O deputado Vicentinho Júnior não compareceu.

Voto contra investigação

Votaram a favor do relatório que pede o arquivamento da investigação, os deputados Gaguim (Podemos) "por mais recursos para o Tocantins". A primeira-dama do Estado, Dulce Miranda (PMDB), justificou votava a favor de Temer  "pelo crescimento do nosso país". Lázaro Botelho (PP) disse que seu voto favorável ao presidente "para o Brasil não parar". Já a professora Dorinha (DEM) disse apenas estava seguindo a orientação do seu partido.

Voto a favor investigação

Votos a favor da investigação. Halum afirmou que sempre se pautou pela coerência, transparência e combate à corrupção. "Votei a favor do impeachment [de Dilma] e voto a favor do prosseguimento das investigações", declarou.

Irajá Abreu destacou que ninguém está acima da lei, nem mesmo o presidente da república. "Por isso, conforme a minha consciência, e em respeito a 95% da vontade dos brasileiros, sou favorável às investigações".

Entenda

A denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República chegou à Câmara no dia 29 de junho. Na denúncia, Temer é acusado de ter se aproveitado da condição de chefe do Poder Executivo e ter recebido, por intermédio de um ex-assessor, Rodrigo Rocha Loures, "vantagem indevida" de R$ 500 mil. O valor teria sido ofertado pelo empresário Joesley Batista, dono do grupo JBS, investigado pela Operação Lava Jato.

Segundo a Constituição Federal, um presidente da República só pode ser investigado no exercício do mandato se a Câmara autorizar o andamento do processo.