governador Marcelo Miranda (PMDB) e o procurador-geral de Justiça Clenan Renaut de Melo Pereira.

O governador Marcelo Miranda (PMDB) é um dos alvos da 5ª fase da operação Ápia, da Polícia Federal, deflagrada nesta sexta-feira, 18, para investigar desvio de dinheiro em obras públicas. Segundo o portal G1, Marcelo Miranda foi intimado e deve ser ouvido nesta manhã por um ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Além do governador, outro alvo da operação é o chefe do Ministério Público do Estado, o procurador-geral de Justiça Clenan Renaut de Melo Pereira. Policiais federais foram à casa do procurador, onde cumprem mandado de busca e apreensão. A informação é que ele não estava na residência, mas que também foi informado de que deverá prestar depoimento na sede da Polícia Federal.

O governador informou, através da assessoria de imprensa, que está disponível para prestar quaisquer esclarecimentos e informou que irá se manifestar após o depoimento. O procurador-geral de Justiça ainda não se manifestou sobre o assunto.

A PF informou que cerca de 40 Policiais Federais cumprem Mandados de busca e apreensão e intimações. Todos os depoimentos serão acompanhados por um Ministro do STJ e por um Subprocurador da República.

A apuração, que tramita no Superior Tribunal de Justiça- STJ, apontou que obras de terraplanagem e pavimentação asfáltica realizadas no Estado do Tocantins entre 2011/2014 custaram cerca de aproximadamente R$ 850 milhões de reais, e geraram créditos indevidos a empresários.

Os pagamentos realizados entre os anos de 2011/2014 totalizaram aproximadamente R$ 730 milhões de reais, enquanto o restante, mais de R$ 120 milhões de reais foram efetivamente quitados em anos posteriores. O nome da operação faz referência a interseção existente entre a Operação Ápia e Operação Reis do Gado. Não haverá coletiva de imprensa.

Entenda

A 1ª fase da operação foi realizada em outubro do ano passado, quando foram cumpridos 115 mandados judiciais. Um dos presos foi o ex-governador Sandoval Cardoso (SD), que ficou 15 dias preso na Casa de Prisão Provisória de Palmas. O ex-governador Siqueira Campos, também é alvo. No ano passado foi levado para prestar depoimento na sede da PF, em Palmas.

 Segundo informações da PF, o grupo suspeito de fraudar licitações de terraplanagem e pavimentação asfáltica no Tocantins funcionava em três núcleos compostos por políticos, servidores públicos e empresários. A suspeita é de que o grupo tenha desviado cerca de R$ 200 milhões.