Márlon Reis, ex-juiz e autor da Lei da Ficha Limpa, se articula para disputar o governo do TO.

Em entrevista ao AN, o autor da Lei da Ficha Limpa, o ex-juiz Marlon Reis, falou de seu projeto para disputar o Governo do Tocantins para 2018.  Fez uma avaliação do cenário político do Estado, ressaltou que Marcelo enfrenta graves problemas com a Justiça e que o atual modelo político do Estado se esgotou.

Ele se apresentou como a alternativa da nova política, com um modelo focado no interesse coletivo, sem o que ele chama de "clientelismo".

-O Tocantins nunca experimentou até hoje uma nova forma de proceder político. Sempre é a mesma fórmula repetida por um ou por outros membros de um grupo só originário. Isso precisa mudar . Precisamos fazer um recomeço. Instituir novos parâmetros. (...)  Nós queremos construir um programa em conjunto com a sociedade do Tocantins.

Confira na íntegra a entrevista concedida ao Araguaína Notícias.

AN - Por que o senhor resolveu colocar seu nome para disputar o governo estadual? Marlon --Foi na verdade um chamado do meu partido, Rede Sustentabilidade, e de várias pessoas que conheço no Estado. Jovens, profissionais liberais, pessoas que fui conhecendo ao longo dos anos. Eu nunca perdi a relação forte com meu Estado, apesar de ter saído [para estudos e trabalho].  E essas pessoas pediram: volte, volte! E isso começou a se desenvolver e se concretizou com minha transferência [de título do Maranhão para o Tocantins]." AN - E o que difere sua candidatura dos demais concorrentes? Marlon -- Estamos no quadro do  contexto da nova politica. Não negamos a necessidade e a importância da participação política. Mas nós deixamos claro que política não pode ser confundido atos de clientelismo, de corrupção. Nós precisamos afastar essas práticas e instituir novos modelos de gestão realmente baseados em interesses coletivos. O Grande diferencial é esse novo modo de proceder político, destituído das graves condutas que ajudaram colocar em colapso o estado do Tocantins. AN- Como o senhor avalia o atual cenário político do Tocantins? Márlon --Olha, o Tocantins sempre foi liderado por pessoas provenientes do mesmo grupo, que romperam puramente por razões pessoais e não políticas. O Tocantins nunca experimentou até hoje uma nova forma de proceder político. Sempre é a mesma fórmula repetida por um ou por outros membros de um grupo só originário. Isso precisa mudar. Precisamos fazer um recomeço. Instituir novos parâmetros. Até porque se isso foi positivo no começo, ter gerado o novo Estado, isso já demonstrou por outro lado que se esgotou. Esse modelo se esgotou. Tanto que o Estado está à beira da falência. AN- Quais as suas principais bandeiras? Márlon --Nós queremos construir um programa em conjunto com a sociedade do Tocantins. Algumas linhas nós já temos. Em primeiro lugar, expor o Governo, abrir o Governo de uma maneira efetiva para a sociedade. A transparência tem que ser um instrumento de gestão. As pessoas precisam participar da tomada de decisões. Isso significa democratizar o processo de decisão governamental. Isso é uma prioridade para nós. Outros elementos que consideramos é a necessidade de impulsionar a economia adotando medidas efetivas de incentivo a vinda de empreendimentos para o Estado que não se reduzam a fórmula de conceder reduções ou isenções tributárias. Precisamos compreender isso de maneira complexa.  O Tocantins é um  Estado propício para o desenvolvimento econômico em virtude de sua alta aptidão de negócios que transcendem o universo rural. O universo rural é muito importante para o Tocantins. Mas é preciso atrair para cá muitos outros investimentos. Especialmente por causa da grande vocação logística que o estado tem.  Precisamos fortalecer, incentivar e dar incentivo à produção agropecuária. Mas nós precisamos também atrair novos investimentos, modernos, atrair indústria e desenvolvimento tecnológico para o estado. AN ? E como o senhor avalia o governo Marcelo Miranda? Marlon - O govenador enfrenta graves problemas judiciais. Não é de hoje que ele tem se defrontado com acusações da mais alta gravidade. Isso serve para nós emblematicamente. Para nós refletirmos sobre a necessidade de mudanças comportamentais. O que esperamos de nossos governantes? Que tipo de comportamento queremos? Além da Ficha Limpa, precisamos observar a vida pregressa dos candidatos, a biografia, seu histórico. Como agiram politicamente essas pessoas. Lamentavelmente o Governador deixa muitíssimo a desejar nesse quesito. AN ? Desde que saiu a notícia de sua disputa ao Governo do Estado, como tem sido a receptividade das pessoas? Márlon --Olha, eu estou impressionado. Nunca imaginava que houvesse um grau de simpatia pelo fato, como disse, nunca ter me afastado daqui, e conhecer muitas pessoas.  Especialmente jovens, profissionais dessas áreas. Mas o que está acontecendo essa semana rendeu muito, porque recebi a adesão voluntária. Pessoas me procurando para dizer que estão dispostas a atuar para que essa pré-candidatura surta êxito e se converta numa candidatura vitoriosa, proveniente de todas as partes do Estado. Tem sido difícil até nesse momento organizar o contato com essas pessoas. Mas nós não deixaremos um só pessoa que queira participar desse momento de transformação sem resposta e sem intregrá-la a grupos virtuais que vamos organizar por todo o Estado para servir de base para essa transformação. AN ? Da mesma forma que o senhor tem recebido esse apoio, por outro lado tem pessoas que o veem como oportunista. O que pretende fazer para mudar a visão destas pessoas? Márlon -- Olha, essa é uma visão infantil. A política é um espaço para líderes. Não para NÃO líderes. Se uma pessoa não fez nada na vida e quer entrar na política, vai virar um político profissional. Eu sou um profissional bem sucedido. Minha vida não depende nada da política. Então, na verdade, estou concedendo um espaço da minha vida para servir a sociedade. Mas não preciso disso. Então, se uma pessoa não fez nada na vida, não conquistou nada, não desenvolveu nenhum projeto bem-sucedido, ela não deve ter espaço na política. O contrário, política não é lugar para pessoas mal resolvidas e que sequer tem profissão, que não saiba fazer outra coisa a não ser política. Então, a política tem que atrair pessoas que foram bem-sucedidas em outras áreas. AN ? E como pretende fazer sua campanha? Márlon -- Nós vamos utilizar tudo que a Lei permite. Propaganda, realização de eventos. A Lei das Eleições permite a prática de vários atos para a campanha. Como por exemplo, a realização de reuniões para discussão do programa de Governo. Isso nós faremos por todo o Estado. Queremos levar essa mensagem, ao mesmo tempo que iremos convidando as pessoas ao grupo, que no futuro farão a campanha de forma voluntária. AN -- Considerações Márlon -- Eu estou muito feliz de voltar pra casa. Sou pedro-afonsino. E agora posso conviver de novo, de perto, diariamente com gente que tem minha cara, a cor da minha pele, o meu sotaque. Eu espero ter a honra de me tornar o primeiro tocantinense de nascença a governar o nosso estado. Leia+

http://araguainanoticias.com.br/noticia/29632/em-araguaina-marlon-e-apresentado-como-pre-candidato-ao-governo-e-descarta-alianca-com-siqueira-katia-e-marcelo/