Fraude em construção desviou mais de 100 mil litros de água tratada em Palmas.

Como parte dos esforços para evitar mais danos ao sistema de abastecimento de água tratada que atende o Setor Jardim Taquari, em Palmas, foi apresentado hoje em uma reunião entre representantes da BRK Ambiental, concessionária responsável pelos serviços de água e esgoto, e membros da Defensoria Pública do Estado do Tocantins (DPE-TO) um raio-x dos problemas ocasionados pelas inúmeras ocorrências de furtos de água ocorridas em áreas irregulares no bairro. Entre os principais prejudicados, estão moradores da Quadra T-33 que sofrem com o desabastecimento provocado a partir do consumo irregular proveniente dos crimes.

No encontro, foi detalhado o esforço que vem sendo feito pela empresa para coibir a prática ? com a realização de trabalhos de retiradas das fraudes encontradas ? além de expor as dificuldades encontradas neste trabalho, que esbarra nas questões de regularização fundiária e de habitação que existem na região.

De acordo com Rodrigo Lacerda, gerente operacional da BRK Ambiental em Palmas, a ocorrência de fraudes no Setor Taquari tem gerado uma série de consequências ao abastecimento das partes regularizadas do bairro, além de acarretar riscos à sociedade. "O furto de água traz consigo, além do crime, outros fatores como a interferência não autorizada nas nossas redes de abastecimento, que ficam muito mais suscetíveis à vazamentos. Além disso, existe o risco de contaminação da água e também a questão do consumo sem consciência que prejudicam a todos", esclarece.

Audiência Pública

Como sugestão apresentada pela Defensoria para buscar uma forma de resolver os problemas apontados, deverá ser realizada uma audiência pública, no próximo mês, com o objetivo de reunir representantes da comunidade, além de órgãos municipais e estaduais para enfatizar a necessidade de uma solução definitiva para as ocupações irregulares no bairro.

Somente neste ano, mais de 40 milhões de litros de água já foram furtados a partir de fraudes detectadas pela concessionária em áreas irregulares no Taquari. São casos como os ocorridos durante a ocupação de casas populares inacabadas na Quadra T-34, passando por áreas já regularizadas ? como a região conhecida como Capadócia ? onde mesmo moradores que já contam com o serviço continuam a fraudar o sistema de abastecimento.