Deputados federais pelo Tocantins

Dois deputados federais pelo Tocantins votaram contra e três a favor a mudança do sistema eleitoral para eleger deputados e vereadores prevista na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 77/03. O chamado "distritão" foi rejeitado na Câmara dos Deputados nesta terça-feira (19).

Dois oito deputados tocantinenses, apenas cinco votaram. A deputada Dorinha (DEM) e deputado Vicentinho Jr (PR) foram contra a mudança. Apoiaram o Distritão, Lázaro Botelho (PP), Josi Nunes (PMDB) e Carlos Gaguim (Podemos).

Apesar de mostrar posicionamento antes da votação, os deputados César Halum (PRB) e Irajá Abreu (PSB) não compareceram na sessão. Dulce Miranda (PMDB) também não votou.

Em entrevista ao AN concedida no mês de agosto, Irajá defendeu o distritão por ser "mais democrático" e disse que o atual modelo está "ultrapassado". Para ele, seria um modelo mais transparente, já que o eleitor saberia que o mais votado seria eleito.

Na outra ponta, César Hallum também anunciou em agosto que votaria contrário, mas não compareceu à sessão desta terça-feira (19). Na época disse que o "distritão" tira a possibilidade de minorias serem eleitas. E que o modelo privilegia quem já tem mandatos, por serem mais conhecidos.

Já a deputada Dulce Miranda, não votou e nem chegou a anunciar como votaria a proposta.

Proposta rejeitada

Pelo Distritão, seriam eleitos apenas os mais votados. Não haveria mais o voto em legenda. A proposta rejeitada previa a eleição majoritária de deputados (federais, estaduais e distritais) em 2018 e de vereadores em 2020.

A partir de 2022, os deputados seriam eleitos pelo sistema distrital misto ? segundo o qual, metade das vagas é destinada aos mais votados nos distritos; e a outra metade, preenchida de acordo com a votação dos partidos, em lista preordenada.

Quem perderia ou seria eleito pelo distritão em 2014 Deputados --  Se o "distritião" estivesse em vigor na eleição passada, a deputada federal professora Dorinha Seabra (DEM), que tirou 41.802 votos, não teria sido eleita. Em seu lugar teria ido Júnior Coimbra (PMDB), com 43.270 votos. Já na esfera estadual haveria duas mudanças. Cleiton Cardoso ( 9.020 votos) e Júnior Evangélista (8.269 votos) não seriam deputados. As cadeiras seriam ocupadas por Solange Dualibe (11.295 votos) e José Augusto (11.140 votos). Vereador -- Já na Câmara Municipal de Araguaína quatro vereadores de primeiro mandato não seriam eleitos. Zezé Cardoso (1.604 votos), Leonardo Lima (1.063), Carlos Silva (989 votos ) e Professor Delan (809 votos) não seriam eleitos no distritão. E as cadeiras serão ocupadas por Xeroso (1.461 votos), Luciano Santana (1.308), Joaquim Quinta Neto (1.264 votos) e Josias Fotógrafo (1.140 votos). Regras atuais

Foi decidido mantar as regras já em vigor. As vagas de deputados e vereadores são distribuídas, de maneira proporcional, conforme a votação dos candidatos, dos partidos e das coligações. Na prática, nem sempre os mais votados são eleitos e, muitas vezes, políticos com pouca votação são eleitos na rabeira de puxadores de votos.

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http://araguainanoticias.com.br/noticia/31338/camara-rejeita-mudancas-barra-distritao-e-mantem-sistema-proporcional/