Fardamento do Policial ainda era mantido em sua casa, 11 meses depois de sua expulsão.

Wanderson Silva Sousa, preso por suspeita de envolvimento na execução do advogado Danilo Sandes, foi expulso definitivamente da PM do Pará em outubro de 2016. Entretanto, 11 meses depois, ele ainda guardava em casa o uniforme do 4º BPM de Marabá (PA) e a carteira funcional.

O material foi encontrado nesta quinta-feira (21) quando a Polícia Civil do Tocantins cumpriu um mandado de busca da casa do ex-militar, em Marabá. Na residência foram encontradas a carteira, calças, camisas com o brasão da PM e o nome do militar.

De acordo com o Delegado José Rérisson Macêdo Gomes, o material já deveria ter sido entregue à PM do Pará. Uma portaria do Comando Geral publicada em 27 de outubro de 2016 determinava o recolhimento da carteira e o uniforme também. A expulsão, segundo a Portaria do Comando Geral, foi para manter  "disciplina".

O material apreendido foi trazido para Araguaína. De acordo com o delegado José Rérisson Macêdo, o uniforme e a carteira funcional do ex-PM serão devolvidos à Polícia Militar do Estado do Pará. Wanderson é suspeito de envolvimento na execução do advogado Danilo Sandes, morto em Araguaína em julho deste ano.

Outros dois PMs (Marcelo Alves Paiva e João Oliveira dos Santos Júnior) também foram presos suspeitos de participação no crime. O suspeito de encomendar, o farmacêutico Robson Barbosa, já está preso. O motivo do crime, segundo a investigação, foi uma desentendimento de Robson com o advogado por causa de um inventário de herança avaliada em R$ 7 milhões.