Um grupo formado por cerca de 100 pessoas protestou na tarde desta quinta-feira (28) contra a extinção da Escola Paroquial Sagrado Coração de Jesus, em Araguaína. A unidade escolar existe há 60 anos na cidade e vai fechar as portas, por decisão da entidade mantenedora-Congregação Orionita.

Os manifestantes chegaram por volta das 17h00 na Praça São Luís Orione, com faixas e cartazes em defesa da unidade escolar. Durante o ato, os manifestantes destacaram a importância da escola, cobraram das autoridades e pediram auxílio divino, com a oração "Pai Nosso".

Márcio Altina de Oliveira, Coordenador da Comissão de Pais, falou ao AN sobre a luta para evitar a extinção da escola que existe há seis décadas. Ele ressaltou que atualmente 691 alunos estudam na unidade e há "uma longa fila de espera".

"Foi a primeira escola de Araguaína. Ela nasceu muito antes da criação de Araguaína, em 1955. Ela possui atualmente a maior nota no IDEB, entre as escolas estaduais e municipais de Araguaína. O ensino é de qualidade. Todo o quadro de funcionário, qualificado. Então são muitos os motivos", destacou Márcio.

A professora Ailana Divina Coelho Rodrigues destacou a importância da escola Sagrado Coração de Jesus. "Já fez história e faz história todos os dias. Por aqui já passaram várias pessoas. Essa escola já deu muitos frutos e frutos bons. É uma escola que não trabalha só os conteúdos. É uma escola que trabalha os valores cristãos, que tenta formar o aluno em todos os sentidos".

A estudante Isadora Viera dos Santos protestou contra a extinção da escola. "Eu acho que isso não é certo. Porque é uma das melhores de toda Araguaína. A nossa é um patrimônio da Igreja, juntamente com o Estado. Isso não pode fechar. (..) Um Patrimônio nosso: dos alunos, professores e pais e alunos. Vamos protestar."

Alessandra Santos, que estava na manifestação, frisou que a luta precisa continuar. "Minha família estudou nessa escola. (...) A gente não pode deixar que feche simplesmente. (..) Vale a pena lutar. É uma causa que vou lutar, não vou cruzar os braços, mesmo com as dificuldades que vão surgindo contra, vou até o fim."

O ato foi pacífico e contou com a presença de pais, alunos e simpatizantes da causa.  Inclusive há um abaixo assinado on-line para evitar o fechamento da escola em Araguaína.

Reunião com promotor

Antes da manifestação, por volta das 15h00, a Comissão de Pais havia se reunido com o promotor da Infância e Juventude, Sidney Fiori, para buscar uma solução. No ato foi entregue um OfÍcio ao promotor, que por sua vez se comprometeu a cobrar oficialmente uma resposta do Estado e da Congregação Orionita.

Leia +

http://araguainanoticias.com.br/noticia/30981/escola-paroquial-de-araguaina-fechara-no-final-de-2017-devido-condicoes-precarias-do-predio/