Cauan Alves dos Santos, 11 aos, sofre de diabetes tipo 1.

O pequeno Cauan Alves dos Santos (11 anos), morador de Palmeirante, foi diagnosticado com diabetes tipo 1, em janeiro deste ano. Desde então, a família começou a batalha pelo tratamento que já dura ao menos nove meses.  Por um lado se sacrifica para comprar os medicamentos e por outro, busca na Justiça meios para que Munícipio e Estado paguem as despesas.

Em 10 de agosto, o Juiz de Filadélfia, Fabiano Ribeiro, determinou que o Estado e a prefeitura de Palmeirante custeiem o tratamento.  Que "promovam o efetivo, regular e contínuo tratamento ao paciente (...)com o fornecimento de Insulina Lantus e Insulina Novorapid  ou Insulina Humalog, bem como fitas reagentes para glicosímetro " diz trecho da sentença.

O prazo para Estado e munícipio cumprirem a decisão era de cinco dias e estipulou multa diária R$ 1 mil em caso de desobediência.  Entretanto, quase dois meses após a Justiça bater o martelo, a criança ainda continua desassistida. Isto é, o Estado do Tocantins e a Prefeitura de Palmeirante desobedeceram a ordem Judicial.

Wilmara Alves Silva (30 anos), mãe de Cauan, conversou com o AN, relatou as dificuldades enfrentadas e cobrou uma solução para o problema. Ela explicou que a criança toma sete insulinas por mês:  quatro com custo médio de R$ 50,00 cada e as outras três que custam em média R$ 160,00, a unidade.  Além de 150 fitas reagentes, no valor de R$ 350,00.  O valor total da despesa chega a média de R$ 1.030,00.

A mãe de Cauan ressaltou que a família no momento não tem condições de arcar com essa despesa.  Inclusive está desempregada e faz o apelo.  "Desde então, quando saiu a liminar em 10 de agosto, já procurei eles [do munícipio] várias vezes.  Eles falam que estão fazendo a cotação de preço. E meu filho não vem tomando a medicação correta porque é muito caro a medicação. (...) Saiu a decisão judicial e até agora não cumpriram. (...) Espero que eles cumpram a obrigação deles" finalizou.

Sem resposta

Em nota enviada nesta tarde, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) informou "que a medicação utilizada pelo paciente C.A.S, não é padronizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e que para atendê-lo, a pasta está finalizando processo de compra, aguardando entrega pelo fornecedor". A pasta não estabeleceu uma data.

O AN  também entrou em contato com a prefeitura de Palmeirante e aguardo um posicionamento. Também contatou a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), mas ainda não obteve resposta.

Matéria atualizada às 16h52 para inclusão de nota da Sesau.