Polícia Federal entregou lista de possíveis servidores fantasma da AL.

A Assembleia Legislativa do Tocantins é alvo mais uma vez de investigação do Ministério Público Estadual (MPE) em razão da existência de possíveis funcionários que recebem altos salários sem trabalhar, os chamados "servidores fantasmas?. Dessa vez, a portaria do inquérito civil público traz a informação de pelo menos 60 servidores nessa situação no Poder Legislativo.

A portaria, assinada pelo promotor Adriano César Pereira das Neves, foi publicada no Diário Oficial do MPE da última terça-feira (03) e nela consta uma denúncia encaminhada pelo Departamento de Polícia Federal de Palmas contendo uma lista com mais de 60 nomes suspeitos de causarem prejuízos aos cofres públicos.

Segundo a portaria do MPE, um das suspeitas recai sobre o servidor Fernando César Lima de Paula. Conforme consulta ao Portal da Transparência, o servidor é concursado como assistente legislativo e recebe salário bruto de R$ 21,9 mil. Nas eleições 2016 ele foi candidato a vereador em Palmas e obteve apenas 149 votos.

A Assembleia possui atualmente 2.125 servidores contratados. O custo mensal da folha supera R$ 11,2 milhões. São mais de 1.800 servidores lotados apenas nos gabinetes dos deputados, nenhum deles concursado.

Outra investigação

O MPE também instaurou inquérito para investigar servidores indicados pelos deputados Olyntho Neto (PSDB), Wanderlei Barbosa (SD), Toinho Andrade (PSD) e pelo presidente da Casa, Mauro Carlesse (PHS), que só estariam aparecendo na Assembleia para registrar o ponto.

Conforme a denúncia, todas as vagas de cargos comissionados são preenchidas através de indicações dos deputados, mas nenhum dos funcionários aparece para trabalhar.

A Assembleia Legislativa nega a existência de servidores fantasmas na Casa e diz que a atual gestão preza pela "legalidade, moralidade e transparência".