Deputado Estadual Eli Borges (PROS).

Em sua primeira visita a Araguaína, após a rejeição da moção de aplausos, o deputado estadual Eli Borges (PROS) concedeu entrevista ao AN, neste domingo, 15. O parlamentar disse que obra de duplicação de trecho da TO-222 é uma das mais caras do Brasil e chamou a decisão da Câmara de Araguaína de gesto de "imaturidade e ingratidão."

Inicialmente, Eli falou sobre o motivo da visita à capital econômica do Estado e destacou a receptividade. "Estive aqui várias vezes fazendo a boa e necessária defesa da família tradicional. [Agora] participando de convergência espiritual, que é a Convenção do Ministério de Madureira, das Assembleias de Deus. E aproveitei para fazer outras visitas. Fui muito bem recebido." Contou o deputado.

Eli também falou sobre a polêmica rejeição de moção de aplausos pela Câmara de Araguaína. Na tribuna da AL, no último dia 11, o parlamentar foi contundente e disse ter ficado chocado. Declarou que não merecia apanhar a mando de Dimas e atribuiu a derrota ao um "complô" de vereadores de Araguaína. Já na entrevista, ele foi mais cauteloso, mas também provocativo.

"Eu não me sinto chocado. Eu entendo que isso é natural do processo. Um parlamento municipal (Câmara) ele tem que ter consciência do que está acontecendo. (...) Eu vi nisso um gesto de imaturidade. Eu nunca faria isso." Frisou Eli, ressaltando que os recursos destinados para a TO-222 são suficientes.

Sobre a decisão da AL em retirar os R$ 45 milhões da TO-222 e destinar aos demais municípios, Eli opinou. "Com muita coerência reduziu esse valor (86,5 milhões) para 41 R$ milhões. Portanto, ainda deixou mais de R$ 3 milhões por Km. O que nós deixamos  para fazer a obra e vai ser uma das obras mais caras do país. E esses outros R$ 45 milhões? (...) Compreendo que não havia necessidade desse valor excessivo." Reiterou o parlamentar.

Eli defendeu que votou contra o excesso de recurso e não contra a cidade de Araguaína. Lembrou que foi a favor dos R$ 50 milhões do HGA, obras no Novo Fórum, seis milhões para casas populares, aslfalto de Araguaína a Mato-Verde e que destinou R$ 280 mil para Araguaína. "Então, é mais de R$ 110 milhões que tem meu voto favorável. E o que recebo de presente do parlamento (...) foi um gesto de ingratidão. (...) Acho que faltou de alguns, e não de todos, um jeito maduro de ser legislador".

"A grande verdade que não estou aqui em crise emocional. Não estou desesperado. Acho que o importante é a cidade de Araguaína, quase 200 mil pessoas, e a consciência de que através do meu voto, mais de R$ 110 milhões de obras vai acontecer em Araguaína."

Por fim, Eli ressaltou que a retirada dos R$ 45 milhões da TO-222 e dos R$ 50 milhões do Anexo da AL possibilitou o benefício a todos os 139 municípios do Tocantins. "Nós conseguimos fazer acontecer a visão municipalista. (...) A minha consciência pediu para que Araguaína tivesse essa importante obra dentro de um valor que considero descente." Pontuou o deputado.