Liberação do recurso depende de assinatura dos dois parlamentares.

A liberação de R$ 163 milhões da emenda de bancada do Tocantins depende única e exclusivamente dos senadores Ataídes Oliveira (PSDB) e de Kátia Abreu (PMDB). Caso um dos  dois parlamentares não assine o documento até esta sexta-feira, 20, o Estado perde o recurso.

Deste montante, a previsão é que 60 % (97,8 milhões) deste recurso seja distribuído entre 137 municípios tocantinenses.  Já a outra fatia de 40% (65,2 milhões) deve ser destinada para duas cidades:  R$ 35 milhões para Araguaína e R$ 30,2 milhões para Gurupi.

Os recursos são de duas emendas impositivas da bancada do Tocantins. Na Câmara dos Deputados a autorização já foi dada. Segundo apurado pelo AN, seis parlamentares já assinaram o número mínimo necessário.  Apenas dois Gaguim (Podemos) e Irajá Abreu (PSD)  se recusaram assinar o documento.

Entretanto, agora a liberação se emperra no Senado.  Lá, fica a depender da assinatura dos dois senadores do Tocantins. O líder da bancada, senador Vicentinho Alves (PR) já assinou. Entretanto, a pré-candidata ao Governo do Tocantins, Kátia Abreu e Ataídes Oliveira não assinaram. Se um deles assinar, o recurso está autorizado.

Nos bastidores, a recusa de Kátia e Ataídes é vista apenas como picuinhas políticas. Isso porque Kátia pretende disputar o Governo em 2018 e o recurso na ordem de R$ 97,8 milhões para os 137 serão administrados pelo Estado. Neste caso, por Marcelo Miranda (PMDB), a quem a senadora faz oposição.  Este também seria o motivo de Ataídes.

O prazo se esgota nesta sexta-feira e se um dos dois senadores não mudar de opinião, o Tocantins perde os R$ 163 milhões. Os recursos podem ser investidos em obras de infraestrutura e asfalto. Por se tratar de emendas impositivas, o governo federal é obrigado a liberar as emendas.

O AN solicitou um posicionamento do senador Atídes Oliveira e Kátia Abreu.  A Assessoria de Ataídes não respondeu ainda. Já a de Katia informou que a senadora não iria se manifestar hoje. Mas em recente entrevista, Ataídes impôs uma condição para assinar o documento:  o recurso ser gerido pela União.