Presidente da Agência Municipal de Transporte e Trânsito, Fábio Astolf.

Por Fernando Almeida/AN

Durante a sessão desta segunda-feira (6), na Câmara Municipal, o presidente da Agência de Segurança Transporte e Trânsito (ASTT), Fábio Fioroto Astolf, negou existência de indústria de multas em Araguaína. Ele defendeu a lisura dos radares  e anunciou que pretende multiplicar por cinco o valor da multa para quem faz transporte clandestino de passageiros, a quem chamou de "bandidos".

Multa de radares

Após vários questionamentos de vereadores, Fábio iniciou sua fala exigindo respeito aos agentes de trânsito. Ele pediu  que deixem de chama-los de "amarelinhos", por ser um termo pejorativo. O presidente da ASTT foi categórico e polêmico ao negar a existência de multa nos radares de Araguaína, responsabilizando a sociedade pelas infrações de trânsito.

"Infelizmente muitos não obedecem [a sinalização de trânsito]. E aí, aquela frase: ou é pelo amor, ou é pela dor. A dor chama-se radar, chama-se multa de trânsito. O ideal (...) era que não houvesse nenhuma multa de trânsito. (...) Depende da sociedade. (...) Só leva multa quem quer, é a promoção. Não tem outra questão. Então, não temos assalto" Problematizou.

Por outro lado, Fábio admitiu que, em caso de eventual erro, cabe recursos às multas de trânsito. "Se temos erros, esses erros tem que ser combatidos. Existe o recurso de multa. A junta tá lá para analisar esses casos. E certamente serão derrubados, legalmente". Pontuou o presidente da ASTT, ressaltando que em breve serão instalados novos radares em Araguaína.

Aumento de multa

Fábio também aproveitou a oportunidade para anunciar o "implacável" combate ao transporte clandestino de passageiros em Araguaína. Uma das medidas, segundo ele, deve ser a elevação da multa de R$ 900 para R$ 5 mil. Isto deve ser feito por meio de Projeto de Lei (PL), elaborado pela prefeitura. Além disso, o presidente da ASTT disparou contra os clandestinos.

"Eu não respeito [o trabalho dos clandestinos]. Clandestino pra mim, volto a dizer aqui, é criminoso, bandido. Tem que ser tratado como tal. Ninguém é pra alisar bandido não." Disparou Fábio, relembrando do agente de trânsito Agenilson Pereira Jorge que morreu combatendo o transporte clandestino.

Fábio afirmou ainda que atualmente a multa é muito baixa. "[Tem que] mexer no bolso do clandestino, R$ 900 hoje é dinheiro de cachaça. (...) Concordamos com o valor mínimo de R$ 5 mil", pontuou Fábio.