Denúncia do MPE diz que farmacêutico contratou grupo de extermínio por R$ 40 mil

Fernando Almeida/AN

O Ministério Público Estadual denunciou os suspeitos de envolvimento na morte do advogado Danilo Sandes, em Araguaína. A denúncia, assinada pelo promotor Paulo Alexandre Rodrigues Siqueira, foi encaminhada no último dia 26 ao Juiz da 1ª Vara Criminal de Araguaína, Francisco Vieira Filho. Os acusados foram denunciados por associação criminosa, grupo de extermínio e ocultação de cadáver.

Contratação dos pistoleiros

Segundo a denúncia do MPE, o farmacêutico Robson Barbosa (32) contratou o grupo de extermínio pelo valor de R$ 40 mil para matar Danilo o advogado Danillo Sandes. Robson antecipou o valor de R$ 20 mil e entregou o dinheiro ao PM Rony Macedo Alves Paiva.

A denúncia cita que Robson arquitetou o plano de ceifar a vida de Danilo e contatou o PM Rony, que tem "fama de pistoleiro e integrante de grupo de extermínio". E deu a ele "carta branca" para "acionar seus comparsas Wanderson Silva de Sousa e João Oliveira Santos Júnior." Diz o MPE, frisando que Robson mostrou fotos de Danilo aos pistoleiros e passou o endereço do escritório de advocacia.

Visita ao escritório

O documento também menciona que Paiva ficou na cidade de Marabá (PA) e de lá passava as orientações ao militar da reserva Wanderson Silva de Sousa e João Oliveira Santos Júnior. Os dois vieram para Araguaína às vésperas do crime, segundo o MPE. O documento cita que o militar da reserva Wanderson Silva Sousa visitou o escritório de Danilo no dia 23 de julho, dois dias antes do crime. Ele alegou ter uma causa, um inventário, no valor de R$ 800 mil.

Segunda parcela

Logo após a execução de Danilo, segundo o MPE, Robson completou o pagamento ? a segunda parcela, no valor de R$20 mil. O pagamento foi feito aos denunciados João Oliveira e Wanderson, no Loteamento Cidade Jardim, na cidade de Marabá/PA.

Para o MPE, o envolvimento de PMs e militar da reserva na morte do advogado Danilo Sandes se caracteriza como grupo de extermínio. "O crime foi praticado por grupo de extermínio, uma vez que os denunciados Rony Macedo Alves Paiva e João Oliveira são policiais militares, que se reuniram com o ex-policial militar Wanderson, para a prática do crime." Diz o documento.

Crimes

Robson foi denunciado por associação criminosa e posse ilegal de arma de fogo, pois a PC encontrou um arsenal em sua casa em Marabá. Os três militares foram denunciados por grupo de extermínio, associação criminosa e ocultação de cadáver. O MPE também pediu que os acusados sejam levados a Júri Popular. Robson está preso em Araguaína e os três militares em Palmas, capital.

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